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Novabase propõe não pagar dividendos. Lucro de 2020 caiu 63% para 7,5 milhões

A tecnológica Novabase revelou esta quinta-feira que o resultado líquido de 2020 encolheu 63,3% para 7,5 milhões de euros. O Conselho de Administração "não irá propor qualquer remuneração acionista na próxima AG".

Novabase
Ana Sanlez anasanlez@negocios.pt 25 de Fevereiro de 2021 às 17:11
Os lucros da Novabase recuaram 63,3% no exercício de 2020, revelou esta quinta-feira a tecnológica, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A empresa liderada por João Nuno Bento fechou o último ano com um resultado líquido de 7,5 milhões de euros, que compara com lucros de 20,4 milhões de euros registados no ano anterior. 

A empresa refere que, "com vista a garantir a resiliência financeira", o Conselho de Administração "reverteu a sua intenção inicial de propor uma distribuição de 0,85 €/ação à AG de 2020".


A Novabase reafirma "o compromisso de distribuir 1,5 €/ação no ciclo estratégico 2019-2023", no entanto, "devido à incerteza que ainda envolve o panorama económico, o CA não irá propor qualquer remuneração acionista na próxima AG", que se realiza a 25 de maio. A remuneração acionista será adiada "para um momento mais oportuno". 

O EBITDA cifrou-se em 11,8 milhões de euros, o que traduz um aumento de 26,5% face a 2019, enquanto o volume de negócios aumentou 10%, para 125,1 milhões de euros, com o segmento de tecnologia avançada Next-Gen a representar 73% do montante. "O desempenho do Next-Gen foi notável. Este segmento cresceu 11% organicamente, atingiu uma margem EBITDA de 8,9% e melhorou a Produtividade por Colaborador em 10%", destaca João Nuno Bento, citado no comunicado. A empresa fechou o ano com 1740 colaboradores, menos 33 do que no ano anterior. 

Os resultados financeiros diminuíram 8,4 milhões de euros, "fruto da revalorização de 8,1 M€ do investimento Feedzai registada" em 2019.

Entre as operações mais relevantes de 2020, a Novabase destaca a compra da participação da Vodafone Portugal na Celfocus, por um preço inicial de 20 milhões de euros. Este valor poderá sofrer um ajustamento de 7,5 milhões de euros, "pago em serviços, pelo que o preço final poderá ascender a um máximo de 27,5 M€, em virtude de eventuais ajustamentos anuais, até 2023, associados a garantias de contratação de serviços por parte da Vodafone de 10 M€ anuais durante 3 anos", explica a empresa, que já detinha perto de 55% do capital da Celfocus. 

Também entrou nas contas um encaixe de 35,4 milhões de euros, resultante do ajustamento do valor da venda à VINCI Energies Portugal do negócio de "Application and Data Analytics" para os sectores de Governo, Transportes e Energia ("Negócio GTE"), concretizada em 2019. 


A tecnológica nacional recebeu ainda 2,1 milhões de euros pela venda da Collab a uma empresa sueca. "O preço inicial acordado para a totalidade das ações foi de 6 M€, ao qual pode acrescer um potencial earn- out anual, aplicável até ao máximo de três períodos anuais, dependente da performance da COLLAB, nos termos definidos no contrato".

Apesar da "incerteza", a empresa destaca que "não foram observados efeitos relevantes da Covid-19 nas métricas financeiras exceto um ligeiro efeito na performance do Negócio de IT Staffing fora de Portugal (coincidente com confinamentos estritos)". 

 

A tecnológica "acredita que a sua estratégia não será afetada, podendo a pandemia até motivar a aceleração da economia digital, onde a Novabase terá um papel relevante". A empresa ressalva, no entanto, que "o contexto pandémico permanece de elevada incerteza, com notícias de novas e mais contagiosas variantes do vírus e mais confinamentos esperados - mesmo com um plano global de vacinação em curso". E que, por isso, "em termos de impactos futuros, espera-se algum atraso nas iniciativas de M&A e, devido às atuais restrições a viagens, a conquista de novos clientes deverá continuar desafiante". 

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