Com a entrada ao serviço, até 2006, do lote de 200 autocarros, cujos contratos de fornecimento foram hoje assinados, a Carris passará a ter uma frota em que 86% dos autocarros são equipados com motores «Euro 2» e «Euro 3», que respeitam as mais recentes regras comunitárias no capítulo do ambiente.

Na cerimónia pública de assinatura dos contratos com os fornecedores dos autocarros – MAN, Mercedes e Volvo – Silva Rodrigues, presidente da Carris, sublinhou que «mais de metade da frota ficará mesmo equipada com motores ‘Euro 3’», os de última geração.

«Além de melhorar a relação ambiental da empresa com a cidade, isto vem permitir reduzir significativamente os custos de manutenção da Carris, que com estes novos autocarros são inferiores em valores muito significativos», adiantou Silva Rodrigues.

O presidente da Carris revelou ainda que a empresa contratualizou com um dos fornecedores de autocarros – a MAN - «uma solução de externalização da manutenção bastante interessante», ou seja, firmou um contrato com a MAN para esta fazer a manutenção dos autocarros da Carris por si fabricados a um custo considerado atractivo.

Com os outros dois fornecedores – a Mercedes e a Volvo – Silva Rodrigues diz que «estão a ser estudadas soluções alternativas que permitam o embaratecimento dos custos de manutenção da frota que desde há uns anos e ainda hoje é perfeitamente incomportável» para a transportadora pública.

Paralelamente, com esta renovação, a Carris terá, em 2006, quando forem entregues os 200 autocarros cujos contratos foram hoje formalizados, uma frota com uma idade média de vida de seis anos, contra os actuais 16,5 anos.

Dos 408 autocarros previstos no programa de renovação da frota, 208 já haviam sido adjudicados. Os outros 200 foram-no hoje: 100 da MAN, 67 da Mercedes e 33 da Volvo, a ser entregues entre 2005 e 2006.

Deste programa, a Carris já recepcionou 105 autocarros em 2003, estando previsto recepcionar mais 232 este ano. Para 2006, serão recepcionados os restantes 71 autocarros.

Do total deste pacote de novos autocarros, 368 são autocarros «standard» (incluindo 20 a gás natural) e os restantes 40 são minis, num investimento global de 59,1 milhões de euros.

Com a entrada em funcionamento destas novas viaturas, a Carris vai abater 500 autocarros antigos, menos funcionais e mais poluentes e dispendiosos. Mas, Jorge Borrego, secretário de Estado dos Transportes, sublinhou que «estes autocarros que saem de serviço não serão reciclados e não vão ter qualquer impacto negativo no ambiente, em qualquer local que seja, por que vão ser todos derretidos».