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Neuralink implantou primeiro chip cerebral, diz Musk

O objetivo é que, através do pensamento, pacientes que não se conseguem mexer, possam controlar aparelhos como telemóveis e computadores.

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, vê fortuna subir 96,6 mil milhões de dólares em seis meses.
Gonzalo Fuentes/Reuters
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Elon Musk diz que a sua empresa Neuralink já implantou, com sucesso, um chip cerebral num primeiro paciente humano.

Numa publicação da rede X (antigo Twiiter), Musk disse que o paciente está a recuperar bem e que os primeiros resultados do implante são promissores.


O objetivo do implante da Neuralink é conectar o cérebro humano a computadores, de modo a ajudar pessoas com lesões neurológicas - um tipo de equipamento já implantado por outras empresas.

Em maio do ano passado, a empresa de Musk anunciou que recebeu luz verde da Food and Drug Administration (FDA) norte-americana para poder começar os ensaios em humanos, depois de já ter feito extensos testes em animais. A Neuralink começou depois a recrutar pacientes tetraplégicos, que sofriam de lesão medular cervical ou esclerose lateral amiotrófica.

De acordo com Musk, o primeiro produto da Neuralink vai chamar-se Telepathy e vai permitir "controlo do telefone ou computador, e através deles de quase qualquer aparelho, apenas através do pensamento" - isto para pessoas que não se consigam mexer. "Imaginem se Stephen Hawking pudessem comunicar mais rápido que um datilógrafo ou leiloeiro. Esse é o objetivo", explicou no X.

Outras empresas já desenvolveram este tipo de aparelho, como a École Polytechnique Fédérale in Lausanne (EPFL), na Suíça, lembra a BBC. A EPFL conseguiu que um homem paralisado andasse usando apenas o pensamento, através de implantes colocados no cérebro e na coluna que permitiram a comunicação entre os pensamentos do paciente e as suas pernas e pés.

"Para a comunidade dos implantes cerebrais, esta notícia [do implante da Neuralink] deve ser enquadrada num contexto em que, apesar de haver muitas empresas a trabalharem em produtos excitantes, poucas implantaram os seus aparelhos em humanos, por isso a Neuralink juntou-se a um grupo bastante reduzido", disse à BBC Anne Vanhoestenberghe da King's College, em Londres. A investigadora pediu, no entanto, cautela: o "verdadeiro sucesso" só pode ser medido a longo prazo. "Sabemos que Elon Musk é um grande adepto de publicitar a sua empresa", alertou.

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