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Nascimento de empresas cresceu 9,6% em 2021 mas fica abaixo do pré-pandemia

No ano passado nasceram em Portugal 41.656 novas empresas. Valor é 15,9% inferior ao registado em 2019.

A incidência do salário mínimo nacional tem sido especialmente elevada no alojamento e na restauração.
Jorge Miguel Gonçalves
05 de Janeiro de 2022 às 12:05
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A criação de empresas em Portugal está a recuperar da queda de 2020, mas ainda não recuperou o valor pré-pandemia: em 2021 subiu 9,6% (41.656 novas marcas), mas fica, ainda assim, 15,9% abaixo dos quase 50 mil nascimentos registados no último ano pré-pandemia.

A informação é avançada no barómetro da Informa D&B, segundo o qual a "evolução trimestral da constituição de novas empresas mostra uma aproximação aos valores de 2019 a partir do 2º trimestre".

A empresa especializada em informação empresarial escreve que "os setores das atividades imobiliárias, tecnologias de informação e agricultura são os únicos que em 2021 ultrapassaram o ano de 2019 na criação de novas empresas".

No imobiliário nasceram 5.316 novas empresas (mais 31,8% face a 2020 e 5,4% na comparação com 2019). Este crescimento verifica-se em todo o país, com exceção dos grandes centros urbanos como Lisboa, Porto e Coimbra.

O setor das tecnologias de informação e comunicação (TIC), que no pré-pandemia era um dos que mais crescia, também está a recuperar: em 2021, nasceram 2.524 novas empresas nesta atividade, o que representa um crescimento de 3,4% face a 2019 e de 20,1% face a 2020.

Os setores dos transportes e alojamento e restauração continuam muito afetados pela pandemia: a criação de novas empresas nos transportes ainda estão 55% abaixo dos valores de 2019, enquanto no alojamento e restauração a diferença negativa é de 27%.

Encerramentos estancados por ajudas públicas
"Os encerramentos e as insolvências mantêm-se baixos, registando valores inferiores a 2019, devidos em grande parte às medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas", escrevem os especialistas da Informa D&B.

No ano passado cerca de 12.900 empresas fecharam as portas (menos 13,6% que no período homólogo e menos 27,5% do que em 2019). Todos os setores registaram níveis inferiores ao último ano pré-pandemia, e apenas o setor da construção tem em 2021 mais encerramentos do que em 2020.

Foram iniciados processos de insolvência de 1.951 empresas, numa descida de 14,1% face a 2020 (menos 321 novos processos) e de -11,3% face a 2019 (menos 248). Na maioria dos setores o número de insolvências encontra-se em níveis inferiores a 2019, com a exceção do alojamento e restauração (com 90 novos processos) e serviços gerais (mais 31 casos).
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