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Musk rebate críticas e diz "não" a apoio público para construir primeira fábrica da Tesla na Europa
A Tesla vai recusar o apoio do Governo alemão, no valor de 1,3 mil milhões de euros, para o arranque da primeira fábrica da empresa norte-americana na Europa.
A Tesla vai recusar o apoio do Governo alemão. no valor de 1,3 mil milhões de euros, para o arranque da sua primeira fábrica na Europa.
A decisão foi anunciada pelo porta-voz do Ministério alemão da Economia do país, Beate Baron.
Elon Musk utilizou este "não" como forma de rebater os críticos que afirmam que a Tesla sobrevive à custa de créditos regulatórios e outros subsídios governamentais.
"Sempre tivemos a opinião de que todos os subsídios deviam ser eliminados, inclusive aqueles que apoiam empresas ligadas aoa combustíveis fósseis. Por alguma razão os Governos não erradicam estes apoios", rematou no Twitter o autodenominado "imperador de Marte".
"A capitalização agregada de mercado da Tesla e da SpaceX é atualmente superior a 1,2 mil milhões de dólares", acrescentou o empresário sul-africano, dando a entender que não necessita deste tipo de apoios e respondendo a uma crítica escrita por um seguidor na mesma rede social em 2018.
Além dos créditos regulatórios, concedidos anualmente à marca, pelo facto de produzir veículos elétricos, os EUA apoiaram, através de um empréstimo com condições especiais, a produção do Model S. A Tesla já reembolsou o montante devido.
A fábrica na Alemanha
A fabricante automóvel está prestes a ver concluida a construção de uma fábrica de veículos elétricos na pequena cidade de Gruenheide, nos arredores de Berlim.
A empresa planeia ainda construir mais fábricas de baterias no local.
Embora Musk queira começar a produzir o Tesla Model Ys em Gruenheide antes do final do ano, as autoridades locais ainda não concederam a aprovação final para que as atividades possam começar.
O Ministério da Economia da Alemanha estima que a Tesla está investir cerca de 5 mil milhões de euros neste projeto.
Uma guerra das Estrelas por um contrato com o Estado
Por sua vez, a empresa de turismo espacial de Elon Musk, a Space X, é alimentada por contratos com agências públicas norte-americanas ligadas à Defesa.
A corrida a este tipo de acordos já colocou inclusive Jeff Bezos, fundador da Blue Origin, e o próprio Musk num "frente a frente" mediático.
A Blue Origin de Bezos intentou um processo contra a SpaceX no Tribunal Federal da Concorrência dos EUA e apresentou queixa perante o regulador devido a um contrato de 2,9 mil milhões de dólares concedido pela NASA à empresa de Musk.
A Blue Origin atacou publicamente a adversária em agosto, acusando a Space X de levar pessoas ao Espaço em operações de "alto risco". Na altura, a empresa de Musk respondeu no Twitter a Bezos: "A Blue Origin apresentou, este ano, em média, a cada 16 dias, objeções ao trabalho da SpaceX".
Além disso, a Amazon - fundada por Jeff Bezos, que a 5 de julho deste ano largou a sua presidência executiva - apresentou protestos junto da Comissão Federal de Comunicações devido às propostas da SpaceX de baixar os satélites da empresa de telecomunicações Starlink em órbita. A Amazon está a trabalhar nos seus próprios satélites, através do Project Kuiper.