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Ministério Público Cascais investiga empresa do grupo Afinworld

O Ministério Público (MP) de Cascais enviou para a Polícia Judiciária uma denúncia sobre a empresa Cunha e Albuquerque, do grupo Afinworld, cujo ramo de negócios são os investimentos em arte, noticiou hoje a imprensa.

12 de Maio de 2006 às 09:42
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O Ministério Público (MP) de Cascais enviou para a Polícia Judiciária uma denúncia sobre a empresa Cunha e Albuquerque, do grupo Afinworld, cujo ramo de negócios são os investimentos em arte, noticiou hoje a imprensa.

A empresa Cunha e Albuquerque, sedeada em Cascais, dedica-se à oferta de investimentos em obras de arte e antiguidades e o respectivo retorno aos investidores, um negócio semelhante ao da Afinsa e Fórum Filatélico, que estão a ser investigadas em Espanha devido a alegadas fraudes num negócio de investimento em selos.

As duas empresas (Afinsa e Fórum Filatélico) são suspeitas de crime de burla, branqueamento de capitais, insolvência punível e administração desleal e, no caso da Afinsa, de falsificação de selos.

De acordo com o Diário de Notícias de hoje, o Ministério Público de Cascais recebeu uma denúncia da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na qual a entidade que regula o mercado de valores mobiliários em Portugal levantava dúvidas sobre os elevados montantes movimentados pela empresa Cunha e Albuquerque.

Após ter recebido a denúncia da CMVM, o MP de Cascais fez seguir o documento para a Polícia Judiciária, escreve o Diário de Notícias e o Público.

O DN adianta que as suspeitas recaem sobre um negócio semelhante ao da Afinsa e Fórum Filatélico, dedicadas também ao investimento em bens tangíveis.

O jornal contactou o advogado da Cunha e Albuquerque, Bruno Carrêlo Mota, que adiantou que não chegou às instalações do grupo Afinworld qualquer notificação do Tribunal Judicial de Cascais sobre a participação da CMVM.

O jornal Público avança na sua edição de hoje que na origem da denúncia estará o facto de aquela empresa prometer juros de quase 10 por cento ao ano, depois das pessoas adquirirem obras de arte que, no fim do prazo estipulado, a empresa recompra.

O Ministério Público, escreve o Público, já estaria a investigar esta sociedade há mais de um ano, mas, na sequência das investigações em Espanha do escândalo à volta do negócio de filatelia, o MP de Cascais requereu à PJ que tomasse conta das investigações.

Ao jornal Público, o advogado da empresa garantiu nada saber sobre qualquer investigação e assegurou que "a empresa não é uma sociedade de bens tangíveis", embora nos prospectos de publicidade apele a esse investimento.

"A Afinworld não se compadece nem é nada semelhante à actividade da Afinsa. A linguagem dos prospectos efectivamente, e em primeira análise poderá ser um pouco imperceptível", disse ainda Bruno Mota ao jornal.

A sociedade Cunha e Albuquerque, presidida por Pedro Cunha e Albuquerque, apresenta-se, no seu site na Internet, como tendo o objectivo de "permitir que qualquer pessoa ou entidade possa investir em bens móveis de colecção".

Uma classificação que abrange peças de arte, antiguidades, jóias, livros, documentos antigos e numismática.

"A Cunha & Albuquerque propõe ao mercado nacional de internacional através do Grupo Afinworld uma excelente opção de produtos, tendo para oferecer a todos os seus investidores alta rendibilidade, sempre com segurança e compromisso total", pode ler-se no site da sociedade.

Entre os seus parceiros encontram-se várias seguradoras e bancos portugueses e estrangeiros.

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