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Marca de calçado alemã Birkenstock investe 15 milhões em Arouca e conta criar 600 empregos
A nova fábrica deverá ficar concluída até dezembro de 2024 e vai ocupar 13.000 metros quadrados na Zona Industrial de São Domingos, envolvendo uma força laboral que, até 2025, deverá chegar aos 600 a 650 postos de trabalho diretos.
21 de Março de 2024 às 12:06
A marca de calçado alemã Birkenstock está a investir 15 milhões de euros em Arouca para aí operar uma unidade de produção com mais de 600 postos de trabalho diretos, revelou esta quinta-feira a autarquia local.
Segundo dados da referida Câmara Municipal do distrito de Aveiro, a multinacional alemã adquiriu como filial a empresa unipessoal S&CC Portugal, que já operava no setor desde 2003, e é junto às atuais instalações dessa firma que está a construir uma nova unidade, de dimensão 10 vezes superior.
A nova fábrica deverá ficar concluída até dezembro de 2024 e vai ocupar 13.000 metros quadrados na Zona Industrial de São Domingos, envolvendo uma força laboral que, até 2025, deverá chegar aos 600 a 650 postos de trabalho diretos.
Para a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, "a captação deste investimento direto estrangeiro por parte do grupo económico Birkenstock resulta de vários fatores competitivos do país, da região e do concelho".
A autarca socialista explica: "Arouca é hoje parte ativa de um ecossistema de inovação e desenvolvimento empresarial assente nos domínios de especialização inteligente da sua região, entre os quais se destaca a criatividade e o capital simbólico da moda -- na qual se insere o calçado".
Considerando a reputação da marca que, segundo as revistas Fortune e Forbes, em 2022 vendeu mais de 30 milhões de pares de calçado para cerca de 100 países, Margarida Belém espera da Birkenstock "uma aposta na diferenciação, na qualidade e no conhecimento", do que deverão resultar "impactos diretos e indiretos significativos [para o concelho], como a criação de novos empregos, a fixação de população, a atração de novos residentes e a dinamização de valor acrescentado".
A autarca realça ainda que ao investimento de 15 milhões de euros também está associado o compromisso de que a multinacional alemã demonstre "uma atitude de responsabilidade social e ambiental, o que, em articulação com as políticas públicas em curso, certamente irá contribuir positivamente para as dinâmicas de desenvolvimento locais e regionais".
Segundo uma publicação interna da Birkenstock a que a Lusa teve acesso, a nova fábrica vai contar com uma zona de lazer na cobertura e com um jardim-de-infância preparado para acolher 50 crianças. A empresa pretende também "disponibilizar transportes gratuitos aos funcionários, para que possam ir trabalhar sem terem de utilizar os seus automóveis".
Desde a sua aquisição pela multinacional alemã em 2022, a S&CC já mais do que duplicou a sua equipa inicial de 83 funcionários, num reforço que tem dependido maioritariamente da contratação de funcionários de origem brasileira.
A partir de 2025, a S&CC passará a chamar-se Birkenstock Portugal e dedicar-se-á sobretudo à produção de gáspeas, que serão encaminhadas para uma nova fábrica na cidade alemã de Pasewalk, que aí montará tanto as partes superiores de calçado fabricadas em Arouca como as criadas na unidade de Bernstadt, também em território germânico.
Segundo a câmara municipal, quando o primeiro edifício da nova fábrica de Arouca entrar em funcionamento irá proceder-se à demolição das atuais instalações da S&CC, libertando-se assim espaço para a segunda fase da obra e a construção de um segundo pavilhão industrial.
Segundo dados da referida Câmara Municipal do distrito de Aveiro, a multinacional alemã adquiriu como filial a empresa unipessoal S&CC Portugal, que já operava no setor desde 2003, e é junto às atuais instalações dessa firma que está a construir uma nova unidade, de dimensão 10 vezes superior.
Para a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, "a captação deste investimento direto estrangeiro por parte do grupo económico Birkenstock resulta de vários fatores competitivos do país, da região e do concelho".
A autarca socialista explica: "Arouca é hoje parte ativa de um ecossistema de inovação e desenvolvimento empresarial assente nos domínios de especialização inteligente da sua região, entre os quais se destaca a criatividade e o capital simbólico da moda -- na qual se insere o calçado".
Considerando a reputação da marca que, segundo as revistas Fortune e Forbes, em 2022 vendeu mais de 30 milhões de pares de calçado para cerca de 100 países, Margarida Belém espera da Birkenstock "uma aposta na diferenciação, na qualidade e no conhecimento", do que deverão resultar "impactos diretos e indiretos significativos [para o concelho], como a criação de novos empregos, a fixação de população, a atração de novos residentes e a dinamização de valor acrescentado".
A autarca realça ainda que ao investimento de 15 milhões de euros também está associado o compromisso de que a multinacional alemã demonstre "uma atitude de responsabilidade social e ambiental, o que, em articulação com as políticas públicas em curso, certamente irá contribuir positivamente para as dinâmicas de desenvolvimento locais e regionais".
Segundo uma publicação interna da Birkenstock a que a Lusa teve acesso, a nova fábrica vai contar com uma zona de lazer na cobertura e com um jardim-de-infância preparado para acolher 50 crianças. A empresa pretende também "disponibilizar transportes gratuitos aos funcionários, para que possam ir trabalhar sem terem de utilizar os seus automóveis".
Desde a sua aquisição pela multinacional alemã em 2022, a S&CC já mais do que duplicou a sua equipa inicial de 83 funcionários, num reforço que tem dependido maioritariamente da contratação de funcionários de origem brasileira.
A partir de 2025, a S&CC passará a chamar-se Birkenstock Portugal e dedicar-se-á sobretudo à produção de gáspeas, que serão encaminhadas para uma nova fábrica na cidade alemã de Pasewalk, que aí montará tanto as partes superiores de calçado fabricadas em Arouca como as criadas na unidade de Bernstadt, também em território germânico.
Segundo a câmara municipal, quando o primeiro edifício da nova fábrica de Arouca entrar em funcionamento irá proceder-se à demolição das atuais instalações da S&CC, libertando-se assim espaço para a segunda fase da obra e a construção de um segundo pavilhão industrial.