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Maior grupo de luxo do mundo às compras em Portugal

A Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH) está à procura de empresas no mercado nacional, tentando encontrar oportunidades de investimento para o seu fundo de capital de risco que gere 326 milhões de euros.

26 de Novembro de 2007 às 01:00
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A Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH) está à procura de empresas no mercado nacional, tentando encontrar oportunidades de investimento para o seu fundo de capital de risco que gere 326 milhões de euros.

O fundo é gerido pela L Capital, uma sociedade de "private equity" controlada pela LMVH e pelo Groupe Arnault, o qual detém 48% do grupo Louis Vuitton e 72% da Christian Dior. Estas duas entidades detêm uma posição de 25% na L Capital.

O tamanho das empresas nas quais pretende investir varia entre os 50 e os 300 milhões de euros, mas o fundo pode, em conjunto com outros investidores, ir a operações até 500 milhões de euros.Apesar de ser controlada pela LMVH e pela "holding" de Bernard Arnault, principal accionista do grupo Louis Vuitton, a L Capital não procura empresas ligadas à indústria do luxo. O seu objectivo é encontrar oportunidades de investimento na área do cuidado pessoal e do bem-estar, acessórios e moda, decoração e acessórios para a casa e distribuição especializada.

Em Portugal, "a sociedade encontrou oportunidades na área do fabrico da roupa casual, retalho especializado e na área do bem-estar. Neste caso tanto vimos projectos na nutrição como de spa’s e ginásios", adiantou Julio Babecki, responsável do grupo para a Península Ibérica, ao Jornal de Negócios. No entanto, o gestor considera que, com o tamanho de empresas que a sociedade procura (acima de 50 milhões de euros), "não há muitas oportunidades em Portugal, onde os grupos são mais pequenos".

A L Capital abriu recentemente um escritório em Madrid e Julio Babecki, antigo director de Corporate Finance do BNP Paribas, será o responsável por encontrar oportunidades de investimento na Península Ibérica, viajando frequentemente até Portugal. A sociedade está presente em Paris e Milão e tem dois fundos que gerem um total de 590 milhões numa lógica pan-europeia.

O segundo fundo, o L Capital 2, gere 326 milhões e comprou seis empresas francesas e italianas desde 2005. Tem ainda cerca de 130 milhões para investir, sendo que gasta bem menos do que o valor total de uma empresa, pois recorre à emissão de dívida para pagar grande parte de uma operação.Até agora, o único investimento que a L Capital teve na Península foi uma participação de 40% nas lojas de brinquedos Imaginarium, a qual vendeu em 2006.

Neste momento, a "private equity" tem dez empresas nas carteiras dos seus dois fundos, as quais vão desde empresas de videojogos a um grupo de produtos de gastronomia italiana.A entrada no mercado ibérico prende-se com duas razões. Julio Babecki apontou uma no comunicado aos media espanhóis aquando da inauguração do escritório em Madrid: "O crescimento económico e a sofisticação do mercado e dos hábitos de consumo." O responsável da L Capital para a Península Ibérica explicou ainda que, "entre quase 500 operações de compra estudadas num ano, 10% era em Espanha".Para o ano, a L Capital deve levantar mais um fundo.

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