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Lucros da participada da Brisa quase duplicam em 2005
A brasileira Companhia de Concessões Rodoviárias, participada pela Brisa, obteve lucros de 500,4 milhões de reais (197 milhões de euros) em 2005, mais 90,3% do que o registado no ano anterior, considerando a concessionária Viaoeste, comprada em Março do a
A brasileira Companhia de Concessões Rodoviárias, participada pela Brisa, obteve lucros de 500,4 milhões de reais (197 milhões de euros) em 2005, mais 90,3% do que o registado no ano anterior, considerando a concessionária Viaoeste, comprada em Março do ano passado e com um ajuste contabilístico não recorrente na ordem dos 102 milhões de reais (40 milhões de euros).
Com base neste resultado líquido, a empresa brasileira vai manter o compromisso de no mínimo distribuir pelos accionistas 50% dos lucros, propondo entregar mais 0,25 reais por acção referente à segunda metade do dividendo de 2005.
À companhia portuguesa vai caber um encaixe, de todo 2005, na ordem dos 54 milhões de reais, tendo em conta um "payout" de 60%, conforme anunciou Ricardo Froes, director de relações com investidores da empresa, ao Jornal de Negócios.
Investimentos de 220 milhões em 2006
«Mais uma vez cumprimos o nosso objectivo com os nossos accionistas e ainda assim continuamos a crescer", avaliou o executivo.
As receitas líquidas da CCR subiram 33,6% para os 1,954 mil milhões de reais (768 milhões de euros) enquanto os custos avançaram23,9%, facto que levou a um incremento na margem de EBITDA dos 51,9% para 56,4%.
Em 2005, os investimentos da CCR chegaram aos 353,1 milhões, mais 86,1% do que o gasto em 2004. E para 2006, as perspectivas é que este valor continue a crescer.
Segundo Ricardo Froes, a empresa espera investir 560 milhões de reais (220 milhões de euros), muito deste incremento está ligado à contratação de "pessoal qualificado" para os novos mercados que a empresa pensa entrar, como México, Chile e Estados Unidos.
Receitas em linha com 2005
A companhia está "bastante confiante para 2006", considerando que o tráfego deve crescer em linha com a subida do produto interno bruto brasileiro, cenário que acabou por não ocorrer no ano passado, por conta da subida dos juros e da desaceleração da actividade económica face a 2004.
Em 2006, a empresa continua a pensar nos novas concessões rodoviárias que serão licitadas em São Paulo, na eventual aquisição de concorrentes, entrada em novos mercados e negócios, movimentos que necessitarão de capital. Mas Froes, garante que a empresa tem capacidade de endividamento para mais do dobro do actual.