A Corticeira Amorim registou resultados líquidos de 14,7 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, valor que representa um crescimento de 14,7% face ao período homólogo. As receitas da empresa liderada por António Amorim subiram 5,2%, em resultado do forte crescimento no terceiro trimestre nas unidades de rolhas e revestimento.

"Após uma estimativa de imposto sobre o rendimento de 4,6 milhões de euros e de 1,1 milhões de interesses minoritários do período, os resultados líquidos da Corticeira Amorim atingiram os 14,73 milhões de euros", refere a empresa em comunicado enviado à CMVM.

A unidade de revestimentos registou vendas de 98,3 milhões, um crescimento de 7%, enquanto a unidade de rolhas voltou a ser preponderante para estes resultados, com as vendas a crescerem para os 195,1 milhões de euros em resultado da "reestruturação industrial concluída no final do terceiro trimestre de 2006, os efeitos que a entrada da Trescases no perímetro de consolidação proporcionou em termos de vendas e de margem".

"O bom desempenho deste trimestre permitiu que o desvio observado no semestre tivesse um comportamento ainda mais positivo no final do terceiro trimestre (7,7%)", refere a Corticeira Amorim, acrescentando que as "rolhas naturais e as de champanhe continuaram a desempenhar um papel muito importante no crescimento das vendas, fruto do empenho" da empresa "nos mercados e produtos de maior valor".

No total, as vendas consolidadas acumuladas da Corticeira Amorim atingiram o valor de 352,9 milhões de euros, um aumento de 5,2% face ao período homólogo. O EBITDA da companhia subiu 10,53% para 44,6 milhões de euros, enquanto os resultados líquidos antes de juros e impostos (EBIT) aumentaram 22,75% para 28,3 milhões de euros.

A Corticeira Amorim destaca, no mesmo comunicado, pela negativa, "o efeito resultante da desvalorização de algumas das principais divisas de facturação, em especial o dólar".

"Nesta última divisa, a forte quebra do seu valor verificado no final do trimestre, confirmada e agravada durante todo o mês de Outubro, não deixará de provocar ainda mais danos à indústria exportadora para o mercado estado-unidense, da qual a Corticeira Amorim é um dos exemplos mais marcantes", conclui a empresa.