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Lucro operacional e receitas da Merlin aumentam nos primeiros nove meses
O lucro operacional por ação foi de 43 cêntimos por ação, mais 2,3% do que no período homólogo do ano passado. Para o conjunto do ano, a empresa espera que ascenda a 56 cêntimos.
A Merlin Properties fechou os primeiros nove meses do ano com uma faturação de 381,3 milhões de euros, mais 1% face aos 385 milhões do período homólogo de 2020.
Já o lucro operacional ascendeu a 201,9 milhões de euros, um crescimento de 2,3%, correspondendo a um lucro operacional por ação de 43 cêntimos.
A imobiliária de origem espanhola, com uma carteira de ativos em Portugal, reitera no seu comunicado das contas que continua a esperar um lucro operacional mínimo de 56 cêntimos por ação este ano. E diz enfrentar o curto e médio prazo com um balanço muito forte, com um nível de endividamento (loan-to-value [LTV]) de 40,1% e uma posição de liquidez de 1.692 milhões de euros".
O EBITDA recorrente entre janeiro e setembro foi de 277,4 milhões, mais 0,6% do que nos primeiros três trimestres do ano pasado, e o impacto contabilístico foi de 254,4 milhões (+127,6%).
O valor líquido dos ativos foi de 7.370 milhões de euros (15,69 euros por ação), 0,8% superior ao dos primeiros seis meses de 2021, "embora não tenha sido efetuada uma nova avaliação da carteira (que se realiza em junho e dezembro de cada ano)", refere.
No comunicado das contas é sublinhado que o conselho de administração da Merlin, tendo em vista a normalização da atividade, "decidiu retomar gradualmente a política de dividendos da empresa".
Nesse sentido, o "board" concordou em pagar um dividendo intercalar de 0,15 euros por ação para o exercício financeiro de 2021, que será complementado após a decisão final de distribuição pela Assembleia-Geral de Accionistas, com o objetivo de uma retribuição total aos acionistas para o exercício financeiro de 2021 de 0,40 euros por ação".
Evolução do negócio melhora nos escritórios e logística
No que diz respeito à evolução do negócio dos escritórios, a Merlin sublinha a melhoria na evolução das rendas comparáveis (-2,1% em 9M21 contra -2,9% em 6M21), graças ao aumento da ocupação de 29 pontos base para 89,4%. "Melhorámos a estimativa de recuperação da ocupação, com a previsão de atingir 90% até ao final do ano", diz.
Ainda neste segmento, a empresa aponta que o único ativo restante do Plano Landmark I é o Plaza Ruiz Picasso, já em construção, "com uma atrativa rentabilidade esperada sobre o custo". "O ativo irá incorporar a mais recente tecnologia de sensores inteligentes para otimizar o desempenho e altos padrões de sustentabilidade".
Quanto à logística, a Merlin salienta que "continuou a ter um bom desempenho, com um crescimento positivo de receitas like-for-like de +0,6% e um diferencial de lançamento de +3,2%, impulsionado principalmente pelas entregas de Best II e III". "A carteira está quase totalmente ocupada, tendo sido arrendado novamente o armazém Barcelona-PLZF, que ficou vago devido à saída da Nissan".
Sobre o Plano Best II & III, "todos os projetos entregues em Best II e III estão 100% ocupados", refere a empresa. "Os dois projetos chave na mão, DSV no Cabanillas Park I J e Logista no Cabanillas Park II A, estão a progredir bem e espera-se que sejam entregues até meados de 2022".
Relativamente ao negócio dos centros comerciais, ainda está no vermelho, mas a Merlin aponta uma "clara recuperação das afluências (-15,5% vs. Setembro de 2019) e nas vendas (-9,1% vs. Setembro de 2019), mantendo a taxa de esforço a níveis muito saudáveis de 12,4%". "A ocupação está próxima dos níveis pré-covid (93,8%), com um significativo esforço comercial de mais de 23.000 m2 sob contrato em 2021".
"É de notar uma redução significativa dos incentivos em relação ao trimestre anterior, mantendo níveis ocasionais de não-pagamento, semelhantes aos obtidos antes da covid-19. Foram contabilizados (sem linearização), nos resultados até final de setembro, 23,7 milhões de euros de bonificações correspondentes à covid", sublinha.
A Merlin realça ainda o seu compromisso com a sustentabilidade, adiantando ter recebido oito novos certificados neste trimestre. "O grande esforço de certificação será concluído em 2022, conforme planeado. Até à data, 97% dos centros comerciais da empresa, 89% dos seus escritórios e 86% dos seus armazéns logísticos estão certificados".