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Lisgráfica pede entrada em PER para evitar insolvência
A empresa gráfica do Público e Expresso solicitou ao tribunal de Sintra a entrada em PER. O procedimento prevê evitar a insolvência. A Lisgráfica já tinha estado num processo idêntico em 2012, conseguindo na altura o acordo dos credores.
A Lisgráfica pediu a entrada num Processo Especial de Revitalização (PER) para recuperar-se financeiramente. Este procedimento é solicitado judicialmente para evitar a insolvência da empresa responsável pela impressão do jornal Público e de publicações da Impresa, como o Expresso.
"Nos termos e para os efeitos legalmente aplicáveis, a Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas vem informar ter sido hoje entregue, no Juízo do Comércio de Sintra no Tribunal Judicial da Comarca de Sintra, requerimento solicitando o início de um processo especial de revitalização, a abrigo do 17º - A e seguintes do CIRE, tendo em vista a recuperação da situação económica e financeira da sociedade", indica o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Em 2012, a Lisgráfica tinha também já pedido um PER, que foi aprovado no final desse ano pelos credores, depois homologado pelo tribunal em Maio do ano seguinte – só no final de 2013 transitou em julgado. O BCP e o Estado eram, à data, os principais credores.
Em 2016, a empresa responsável por imprimir jornais, revistas e catálogos apresentou um prejuízo de 3,88 milhões de euros. No primeiro trimestre deste ano, a companhia da indústria gráfica registou um prejuízo de 368 mil euros. O capital próprio consolidado (diferença entre activo e passivo), no final de Março, era de 17,4 milhões de euros negativos. Tendo em conta que a imprensa escrita tem sofrido um corte de receitas, com a quebra no número de vendas, também o mundo gráfico sofreu os impactos.
A Lisgráfica, com sede em Queluz de Baixo conta com 200 trabalhadores, quando eram 290 em 2012. A Rasográfica, liderada também por Luciano Patrão, detém 51,37% dos direitos de voto da empresa, a par da Gestprint, com António Braz Monteiro como presidente, com 38,97% dos direitos de voto. O restante é detido por accionistas que não detêm participações qualificadas.
(Notícia actualizada às 19:20 com mais informações)