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Lisboa duplica verbas para concluir obras no Palácio da Ajuda. Descobrimentos ficam a zero

As obras no Palácio Nacional da Ajuda contam agora com um orçamento de quase 30 milhões de euros. O projeto que visava contar a história dos Descobrimentos foi esvaziado de verbas.

10 de Setembro de 2019 às 09:00
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A Câmara Municipal de Lisboa (CML) decidiu duplicar o orçamento para concretizar as obras no Palácio Nacional da Ajuda, que se aproxima agora dos 30 milhões de euros. Enquanto isso, as verbas que estavam destinadas ao Pólo Descobrir, que previa, entre outros projetos, um museu, foram praticamente eliminadas. Os números são avançados, esta terça-feira, 10 de setembro, pelo Público.

De acordo com o jornal, o novo montante para o projeto do Palácio da Ajuda consta de uma proposta aprovada pela autarquia no fim de julho, que será debatida esta terça-feira na assembleia municipal. Segundo o documento, as obras no palácio, que visam rematar a fachada ocidental e instalar ali o tesouro da casa real portuguesa, custarão 26,5 milhões, a que se somam 3,2 milhões para arranjos na Calçada da Ajuda. Feitas as contas, são 29,7 milhões, quase o dobro do orçamento previsto inicialmente, de 15 milhões, que foi apresentado há três anos.

Deste montante, 18,2 milhões são provenientes da taxa turística, o que representa um reforço de 10 milhões nesta parcela. O restante montante para as obras na Ajuda vem da Associação de Turismo de Lisboa, que aumenta o investimento de 5 para 7,5 milhões, e do Ministério da Cultura, que mantém o investimento de 4 milhões.

A justificar este aumento está a inclusão da requalificação da Calçada da Ajuda, que não constava do projeto inicial, bem como um "conjunto significativo de condicionantes", incluindo a "revisão do preço base do concurso, uma vez que no primeiro concurso todos apresentaram propostas de valor superior ao preço base". Foi ainda necessário seguir as recomendações de um consultor relativamente à segurança e contemplar o "aumento exponencial" do valor dos materiais.

Há ainda outros projetos que tiveram direito a um reforço de verbas, como as obras na Estação Sul e Sueste, e ainda novas iniciativas. Por outro lado, o chamado Pólo Descobrir, que tinha uma dotação inicial de 5,2 milhões, viu o orçamento ser praticamente esvaziado, para 283 mil euros, montante que já foi executado.

Este projeto foi apresentado por Fernando Medina em 2015 e visava "contar bem" a história dos Descobrimentos, através da instalação de um núcleo museológico em forma de nau na Ribeira das Naus. Contudo, acabou por ser chumbado pela Direção-Geral do Património Cultural.
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