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Julgamento de Tavares Moreira foi adiado

O julgamento de Tavares Moreira, agendado para hoje de manhã, foi adiado por tempo indeterminado devido a um outro processo de averiguação a correr no DIAP, aparentemente sobre os mesmos factos.

20 de Setembro de 2004 às 09:52
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O julgamento de Tavares Moreira, agendado para hoje de manhã, foi adiado por tempo indeterminado, apurou o Jornal de Negócios Online de fonte Tribunal de Pequena Instância Criminal. A mesma fonte não adiantou a causa do adiamento.

Segundo Jorge Neto, advogado de Tavares Moreira, o adiamento do julgamento previsto para hoje às 9h15m – comunicado no final do dia de sexta-feira passada – ficou a dever-se a um requerimento apresentado por três outros arguidos neste processo suscitando a questão de que estaria pendente no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP) um outro processo de averiguação, aparentemente sobre os mesmos factos.

Os arguidos que apresentaram requerimento são José Lemos, Augusto Martins e Luis Lagarto, todos eles antigos administradores do Central Banco de Investimento (CBI) e portanto visados neste caso.

Desta forma a lei determina que um processo-crime tem prevalência sobre os demais, justificando assim o adiamento deste julgamento que, recorde-se resulta de um recurso apresentado pelos arguidos a um processo de contra-ordenação levantado pelo Banco de Portugal.

O supervisor da banca impôs na sequência do desfecho das suas averiguações sanções pecuniárias, bem como a inibição de exercer funções de gestão em instituições de crédito.

Tavares Moreira, à altura dos factos presidente do CBI, foi confrontado com uma coima que ronda os 200 mil euros e uma inibição de sete anos.

Segundo o Banco de Portugal terão existido por parte da administração do CBI a prestação de declarações falsas bem como a manipulação e falsificação das contas da instituição com o objectivo de ocultar prejuízos de cerca de 25 mil euros.

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