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Itália quer privatizar correios. Vai pôr à venda 15% do capital por 2,4 mil milhões
A inicativa de privatização do Poste Italiane, levada a cabo pelo executivo de Giorgia Meloni, visa reduzir a dívida do país, que chegou aos 134% do PIB. Processo arranca a 21 de outubro.
Itália prepara-se para vender 15% dos 29,3% das ações que o Estado, por via do Ministério das Finanças, detém do Poste Italiane, a empresa nacional de correios. Com a venda, o Executivo liderado por Giorgia Meloni prevê arrecadar cerca de 2,4 mil milhões de euros.
A primeira-ministra quer ver-se "livre" de cerca de 20 mil milhões de euros em ativos detidos pelo Estado italiano até 2026, com o objetivo de reduzir a gigantesca dívida do país, que se situa em 134% do PIB, segundo avança a Bloomberg.
Para tal, o Governo está a proceder a uma onda de privatizações, que ajudariam a libertar alguns recursos para o Orçamento de Estado de 2025 de, tudo aponta, 25 mil milhões de euros. O plano orçamental é apresentado no próximo mês e aprovado até ao final do ano.
Exemplo desta estratégia é a redução das participações no banco Monte dei Paschi di Siena Spa e na gigante petrolífera Eni, que já fizeram Roma angariar cerca de 3 mil milhões de euros.
Mesmo com a venda de 15% das ações, o Estado continuará a ser o maior acionista da empresa de correio italiano, já que o banco Cassa Depositi e Prestiti - controlado pelo Ministério da Economia e das Finanças - detém ainda uma participação de 35%.
A privatização do Poste Italiane terá início a 21 de outubro e o Governo já começou a selecionar os consultores, de acordo com a imprensa italiana. Em bolsa, o Poste Italiane segue a ganhar quase 1%.