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Investimento de 1,8 mil milhões permite à Galp aumentar margens de refinação

O plano de grandes investimentos da Galp Energia até 2010 que ascende a um total de 1,829 mil milhões de euros vai permitir à petrolífera aumentar as margens de refinação a partir de 2011.

24 de Janeiro de 2007 às 15:19
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O plano de grandes investimentos da Galp Energia até 2010 que ascende a um total de 1,829 mil milhões de euros vai permitir à petrolífera aumentar as margens de refinação a partir de 2011.

A estimativa do presidente executivo da Galp, Ferreira de Oliveira, é para que a empresa venha a conseguir um aumento entre 3 e 4 dólares por barril tendo em conta os preços actuais que se situam entre 3 e 6 dólares por barril.

Ferreira de Oliveira diz que para já esta é a remuneração do investimento que é possível apurar, uma vez que "é muito difícil prever resultados exactos deste tipo de investimentos devido à volatilidade das matérias-primas", afirmou o gestor aos jornalistas à margem da apresentação do projecto da Galp esta manhã em Sines no âmbito do seminário "O desenvolvimento do sector petroquímico em Sines" organizado pelo Ministério da Economia.

O conselho de administração da Galp Energia aprovou ontem o financiamento para os investimentos nas unidades de conversão de Sines (717 milhões de euros) e Matosinhos (281 milhões de euros), num total de 998 milhões de euros.

A administração da petrolífera aprovou ainda os planos de investimento para a construção de duas centrais de co-geração (cada uma com uma potência de 82 megawatts), eficiência energética e optimização processual e de qualidade, num total de 421 milhões de euros, ficando por aprovar o investimento de 410 milhões de euros para a central de ciclo-combinado de 800 megawtts projectada para Sines.

Sobre este último projecto, Ferreira de Oliveira deu conta que está a decorrer o processo de licenciamento ambiental. "Temos a certeza de que vamos conseguir um encontro de vontades para que o projecto seja licenciado atempadamente", referiu o responsável.

A primeira localização escolhida pela Galp para a futura central de ciclo combinado era na zona portuária de Sines, uma localização que não foi aceite pela autarquia de Sines. A autarquia prometeu na altura lutar com todos os meios ao seu alcance contra a localização escolhida pela Galp para a expansão da sua central eléctrica a gás. O terreno daria enormes vantagens competitivas à Galp em relação às restantes centrais que serão construídas nos próximos anos, mas colide com os planos de expansão da cidade.

Tanto a Galp, como o Ministério da Economia, a REN e a Administração do Porto de Sines (APS) consideraram a localização natural, no entanto, este projecto de expansão da central da Galp colide com os planos de expansão da cidade.

Processo de localização da central da Galp está bem encaminhado

Hoje, o presidente da Câmara, Manuel Coelho, assegurou que está tudo bem encaminhado e que a central não vai ser construída no terreno que a Galp queria inicialmente, mas antes noutro junto à central termo-eléctrica.

O projecto da optimização do sistema refinador da Galp vai permitir a produção de um volume adicional de 2,5 milhões de toneladas de gasóleo por ano a acrescentar à actual capacidade de produção de 5 milhões de toneladas.

Este projecto vai ter o efeito de redução da factura energética nacional por ano de 450 milhões de euros através da redução de importações de produtos de maior valor acrescentado (gasóleo e nafetas) e um aumento reduzido das importações de matéria-prima a um custo unitário inferior (crudes mais pesados).

"Todos nós portugueses, como accionistas do país, vamos beneficiar de 450 milhões de euros de lucros líquidos através da redução da despesa energética, com base nos preços de 2006", afirmou Ferreira de Oliveira.

Na refinaria de Sines vai ser construída uma unidade para gasóleo pesado (hydrocrackers) que vai permitir um aumento da produção de gasóleo que se destinará sobretudo ao mercado Ibérico.

Já na refinaria de Matosinhos, será construída uma nova unidade de destilação de vácuo para a obtenção de VGO (produto intermédio), que também alimentará a unidade em Sines.

Esta unidade fica ainda concentrada na refinação de gasolinas sobretudo destinadas aos Estados Unidos.

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