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Inapa diz que aumento de capital poderá ser no primeiro trimestre de 2001

O aumento de capital da Inapa, inicialmente previsto realizar-se até final de 2000, poderá efectuar-se no primeiro trimestre do próximo ano e não está condicionado pela entrada de um novo accionista, revelou fonte oficial da empresa ao Canal de Negócios.

Catarina Aleixo 09 de Novembro de 2000 às 14:27
O aumento de capital da Inapa, inicialmente previsto realizar-se até final de 2000, poderá efectuar-se no primeiro trimestre do próximo ano e não está condicionado pela entrada de um novo accionista, revelou fonte oficial da empresa ao Canal de Negócios.

«Este ano já não. Como não há nenhuma urgência em fazê-lo, nunca será feito antes do primeiro trimestre do próximo ano» disse José Quintela, fonte oficial da Inapa. «Continuamos a estudar o aumento de capital mas não tem que passar pela entrada de um parceiro» referiu.

Em Junho passado, uma fonte próxima do processo havia revelado ao Canal de Negócios que o aumento de capital de entre 49,88 e 99,76 milhões de euros (10 e 20 milhões de contos) teria como objectivo a entrada de um novo accionista na empresa liderada por Vasco Pessanha (na foto). De acordo com a mesma fonte o novo accionista, uma vez concluída a operação, teria uma participação máxima de 40% na Inapa.

Segundo José Quintela a Inapa continua interessada em desenvolver parcerias, nomeadamente com distribuidores, nos mercados onde está inserida ou, eventualmente, em outros países.

«A Inapa está presente em dez países e há sempre possibilidade de estudar parcerias com pequenos operadores que nos permitam ganhar cota de mercado onde já estamos presentes, ou para entrar em novos mercados», referiu.

José Quintela não quis avançar quais os outros mercados em que a Inapa tem interesse entrar, para além de dizer que a estratégia de crescimento da empresa está focada no mercado europeu.

A aquisição da Papier Union em Abril passado, permitiu a entrada da Inapa no maior mercado de papel a nível europeu, e representou um investimento de 119,7 milhões de euros (24 milhões de contos) para a Inapa, cujo financiamento veio da venda da Papéis Inapa à Portucel por cerca de 124 milhões de euros (24,86 milhões de contos).

De acordo com José Quintela «a Inapa tem uma estratégia de crescimento que assenta em três pilares; o crescimento orgânico, uma política de aquisições e o estabelecimento de parcerias».

Segundo a empresa, em Portugal há um consumo médio de papel de 100 quilos per capita anuais, em comparação com uma média de 140 quilos para a Europa e de cerca de 210 quilos per capita na Alemanha onde a Inapa está no terceiro lugar no «ranking» das papeleiras «portanto há um grande potencial de crescimento orgânico», concluiu.

A Papercel, «holding» estatal para o sector papeleiro, detém 20% na Inapa, enquanto cerca de 20% se encontram nas mãos de um grupo de privados liderado por Vasco Pessanha. Várias instituições financeiras detêm cerca de 25% enquanto os restantes 35% encontram-se dispersos em Bolsa.

Ás 13h30 as acções da Inapa perdiam 0,81% para cotar nos 6,10 euros (1.223 escudos) enquanto o índice BVL30 caía 0,08%.

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