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Ibersol passa de prejuízos a lucros de 201 mil euros até março

A empresa registou um lucro de 201 mil euros no primeiro trimestre deste ano, uma recuperação de 3,1 milhões de euros face ao período homólogo, em termos das operações continuadas.

António Alberto Teixeira é o presidente do conselho de administração da Ibersol. A empresa, que está cotada em bolsa há mais de duas décadas, vai voltar ao principal índice.
Miguel Baltazar
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A Ibersol registou um lucro das operações continuadas de aproximadamente 201 mil euros entre janeiro e março, uma recuperação de 3,1 milhões de euros face ao prejuízo de 2,9 milhões contabilizado no trimestre homólogo.

Por sua vez, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) – também em termos de operações continuadas – cresceu 75%, em termos homólogos, para 12,7 milhões de euros.

O volume de negócios somou 45,6% - em comparação com o primeiro trimestre do ano passado – para 89,6 milhões de euros.

A empresa justifica estes resultados com "a pressão expectável no consumo, decorrente dos elevados níveis de inflação em paralelo com o agravamento nas taxas de juro".

No entanto, esta pressão foi "mitigada pelo esforço de manutenção de volumes e aumentos de preços pontuais, que permitiram alcançar um desempenho positivo da generalidade do portfólio de marcas do grupo, com destaque para as mais expostas ao turismo.

A margem bruta registada foi de 75% do volume de negócios, 4 pontos percentuais inferior à de 2022, evidenciando "o aumento da  pressão nos preços das matérias-primas não traduzido diretamente nos preços de venda", esclarece a Ibersol.

A empresa acrescenta que ainda no decorrer do processo de transição da operação dos restaurantes da Burger King, alienados em novembro de 2022, o grupo assegurou o fornecimento de mercadorias até meados de janeiro, com uma penalização na margem do primeiro trimestre em 0,8 pontos percentuais.

O investimento total ascendeu a 3,4 milhões de euros, "essencialmente na expansão da KFC".

Até março, o capital próprio situou-se nos 384 milhões de euros, montante idêntico ao registado no final do ano passado.

Na sequência da venda da operação da Burger King em Portugal e Espanha no final do mês de novembro, a atividade da totalidade dos restaurantes Burger King em 2022 e os restaurantes não alienados em 2023 são reportados como "operação descontinuada".

"Guidance" dominado pela "incerteza"

"À data de hoje, enfrentamos ainda um contexto de incertezas, com uma aparente alteração nos hábitos de consumo  das famílias, que passaram a valorizar e/ou compensar mais os momentos de lazer após a pandemia", começa por explicar a Ibersol, o que poderá "permitir minimizar o impacto da manutenção da inflação e das taxas de juro elevadas no consumo privado".

Assim, "esta incerteza traduzir-se-á numa dificuldade de refletir na totalidade o aumento do preço das matérias-primas, com consequente impacto nas margens, pelo que se avizinha uma vez mais um período desafiante para as nossas equipas  e portefólio de marcas, no sentido da manutenção de volumes e quotas de mercado", alerta a empresa.

Ao nível de expansão das operações, "daremos continuidade aos planos de expansão das marcas da Pizza Hut, KFC e Taco Bell, bem como ao início da operação da Pret A Manger, nomeadamente no decorrer das novas  concessões de aeroportos, em Madrid e Tenerife", assegura a companhia liderada por António Alberto Teixeira.

(Notícia atualizada às 18:31 horas).

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