A Iberia está a analisar a aquisição de uma companhia aérea de baixo custo, como alternativa a criar uma empresa de raiz para competir com as «low cost» nos percursos de pequeno e médio curso.

«Estamos a analisar diferentes alternativas, uma delas a aquisição de uma companhia de baixas tarifas já existente, ou então a criação de uma empresa própria. O que é claro é que, ou lutamos com as mesmas armas que estas companhias aéreas [low dost], ou saímos destes mercados», disse o administrador delegado da Ibéria, Angel Mullor, à agência de noticias espanhola Europa Press.

A companhia aérea espanhola está já a negociar com os sindicatos dos pilotos, que estão disponíveis para trabalhar para uma segunda marca no grupo Ibéria. «Se a Iberia considera que necessita de uma segunda marca, os pilotos não se vão opor», disse um responsável da SEPLA.

A Iberia tinha já sugerido que seria obrigada a criar uma filial de baixas tarifas para operar os voos de curto e médio alcance – os que sofrem mais com a concorrência das «low cost» - no caso de não conseguir baixar os seus custos de exploração.

As «low cost» têm vindo a ganhar quota de mercado no mercado mundial da aviação, beneficiando do aumento da procura por voos de tarifas mais baixas, numa altura em que as companhias aéreas tradicionais sofrem também com os elevados custos com os combustíveis.

A Iberia já demonstrou interesse na privatização da Mexicana de Aviación, mas Angel Mullor diz que a possível compra desta «low cost» «já não é clara», pois os accionistas da companhia não querem acelerar o processo de venda.

Os analistas consultados pela Europa Press consideram que a Iberia pode destinar parte dos 600 milhões de euros encaixados com a venda da posição na Amadeus para entrar no segmento das «low cost».