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Iberdrola faz acordo com grupo imobiliário para travar ACS

O presidente da Iberdrola, Ignácio Sánchez Gálan está a tentar travar o crescente poder da ACS, de Florentino Peréz, no capital da eléctrica tendo chegado a acordo com o grupo Osuno, dedicado ao imobiliário, para que este compre uma posição na Iberdrola,

21 de Fevereiro de 2007 às 09:32
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O presidente da Iberdrola, Ignácio Sánchez Gálan está a tentar travar o crescente poder da ACS, de Florentino Peréz, no capital da eléctrica tendo chegado a acordo com o grupo Osuno, dedicado ao imobiliário, para que este compre uma posição na Iberdrola, avança hoje o jornal "Cinco Dias", citando fontes próximas da operação.

O acordo, segundo o qual o grupo deverá ter comprado uma posição de cerca de 1,27% do capital, a juntar aos 0,98% que já detinha, foi já comunicado por Galán a Florentino Pérez e coloca o grupo Osuno em igualdade com a empresária Alicia Koplowitz, que comprou uma posição semelhante há pouco tempo, através da sua sociedade Ómega Capital.

Paralelamente, esta operação servirá para proteger a Iberdorla de investidas futuras por parte da ACS, que já tem 12,4% do capital da eléctrica, com poderes para reforçar ainda mais.

Isto deve-se à aceitação por parte da CNE espanhola (regulador do sector energético) de uma maior flexibilidade no capital da Iberdrola por parte da ACS, compensando o facto de o grupo de construção estar impedido legalmente de adquirir o controlo exclusivo da eléctrica Unión Fenosa.

A família Fernández Fermoselle, que detém o grupo Osuno, obteve uma grande liquidez no ano passado com a venda da Parquesol à Constructora San José (empresa com muitos interesses em Portugal), tendo encaixado com o negócio 466 milhões de euros.

Os novos acccionistas da Iberdrola encontram-se condicionados pela oferta da eléctrica para a compra da britânica Scottish Power, sendo obrigados a comunicar as comparas de lote de mais de 1% da Iberdrola à bolsa de Londres.

Ibedrola poderá recorrer ao Ministério da Indústria

A eléctrica liderada por Galán está a equacionar um possível recurso hierárquico para o Ministério da Indústria, estando à espera de uma comunicação da CNE a explicar detalhadamente porque autorizou que a ACS aumentasse o poder.

A empresa anunciou ontem um aumento de capital para fazer face à compra da Scottish Power, no valor de 8,6 mil milhões de euros. A empresa apresenta hoje os resultados de 2006.

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