“Essa palavra não consta do seu vocabulário”, disse Howard Buffett em entrevista dada ontem à Bloomberg quando questionado sobre a reforma do seu pai. “Ele diz que quando for para o tumulo, vai comunicar connosco em forma de espírito".

O investidor, que também é conhecido como o Oráculo de Omaha, diz há pelo menos 20 anos que o seu plano de sucessão na Berkshire Hathaway está preparado, quer seja em caso de morte ou incapacidade.

“De tão de trabalhador que o pai dele é, provavelmente faz sentido ele pensar que o pai vai ficar durante tanto tempo quanto conseguir”, disse o analista da Edward Jones & Co., Tom Lewandowski, à Bloomberg. “O outro lado da moeda é o reconhecimento de que se ele não conseguir fazê-lo tão bem como no passado, ele vai sair”, referiu.

Warren Buffett é presidente do Conselho de Administração, presidente executivo e responsável de investimentos da Berkshire Hathaway. A seu cargo está a supervisão de mais de 100 mil milhões de dólares em activos e cerca de 70 subsidiárias que tem vindo a adquirir ao longo dos mais de 40 anos em que lidera a “holding”.

“A principal função dos meus administradores é seleccionar o meu sucessor, quer na minha morte ou incapacidade, ou se eu perder as minhas faculdades”, disse o pai Buffett na carta anual enviada aos aos accionistas.

A Berkshire Hathaway tem 12 administradores, entre os quais se conta Howard Buffett, que é um dos filhos do presidente da cotada.