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Grupo Constant faturou 15,5 milhões de euros em 2021

A diretora para o mercado nacional d empresa disse que "existe muita falta de pessoas" para trabalhar e que "em termos de necessidade de colaboradores isso é transversal em qualquer zona do país e setor de atividade"

Country general manager do grupo Constant, Andrea Nunes, diz que “outsourcing” logístico tem “imenso potencial de crescimento” em Portugal.
Vítor Mota
09 de Julho de 2022 às 11:02
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A Constant, empresa especializada em recursos humanos, fechou 2021 com uma faturação de 15,5 milhões de euros e conta este ano atingir 18 milhões de euros, em Portugal, disse à Lusa Andrea Nunes, diretora para o mercado nacional. 

O grupo, de origem espanhola, conta com sete escritórios em Portugal, onde chegou em 2016, referiu a responsável, revelando que a empresa tem, neste momento, mais de 1.400 trabalhadores colocados no país, a trabalhar em clientes. "Até ao final do ano, acreditamos que conseguimos crescer mais 250, 300 pessoas", salientou.

"O nosso objetivo para este ano e próximo é investir na área de logística, que tem sofrido bastantes alterações nos últimos dois anos", destacou, indicando ainda que a empresa está "a investir na abertura de novos escritórios em algumas zonas que considera estratégicas em termos industriais e de potencial de desenvolvimento, como aconteceu este ano já na zona da Trofa", tendo ainda estabelecido presença na zona de Vila Franca de Xira.

"O nosso objetivo é continuarmos a investir em novas zonas geográficas, este ano vamos abrir em setembro um novo escritório na Marinha Grande e no próximo ano já pensamos em novas localizações, apesar de ainda não estarem fechadas", referiu Andrea Nunes.

A responsável disse que "existe muita falta de pessoas" para trabalhar e que "em termos de necessidade de colaboradores isso é transversal em qualquer zona do país e setor de atividade", reconhecendo que o trabalho do grupo "de pesquisa e de identificação de talento e de perfis é muito mais difícil hoje em dia".

"Estamos, em muitas situações, a ir para a rua a abordar diretamente as pessoas em algumas zonas do país mais difíceis" bem como a "apresentar algumas soluções de trabalho que temos em zonas industriais com maior número de empresas e estamos a fazê-lo diretamente e a tentar aliciar os candidatos para as ofertas que temos em aberto que são muitas", explicou.

Andrea Nunes detalhou que o grupo tem "300, 400, 500 ofertas de emprego em aberto por dia" o que "obriga os consultores a abordar muitos dos candidatos mesmo em locais em que conseguem identificá-los, muitas vezes nas juntas de freguesia ou zonas que sabemos que têm maior número de pessoas".

"Não há respostas a anúncios de emprego, são muito reduzidas", revelou, salientando que "os candidatos já não se inscrevem proativamente como antigamente".

"Temos que repensar as nossas fontes de recrutamento, reinventar outras formas de abordagem e tornar as ofertas de emprego cada vez mais apetecíveis. Cada consultor é quase como um comercial para conseguir captar o talento para essas ofertas de emprego", explicou.

Andrea Nunes disse ainda que o segmento das pequenas e médias empresas (PME) está a crescer no negócio, tendo em conta que estas empresas "ainda têm mais dificuldades, porque não têm departamentos de recursos humanos tão robustos", visto que "ao longo do tempo não foi necessário fazer esse investimento". 

Com mais de 40 escritórios na Península ibérica, o grupo faturou em 2021 cerca de 200 milhões de euros globalmente e contratou mais de 35.000 colaboradores, segundo informação da Constant. 
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