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Greve na refinaria de Sines atinge 50% com várias valências paradas

A greve na refinaria de Sines da Petrogal impediu hoje a entrada e o abastecimento de camiões de transporte de combustível e a descarga de navios carregados de petróleo bruto, disse a Comissão de Trabalhadores (CT).

02 de Novembro de 2006 às 15:20
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A greve na refinaria de Sines da Petrogal impediu hoje a entrada e o abastecimento de camiões de transporte de combustível e a descarga de navios carregados de petróleo bruto, disse a Comissão de Trabalhadores (CT).

Em declarações à agência Lusa, Hugo Basto, porta-voz da CT de Sines da Galp Energia, revelou que a adesão ao primeiro dia de greve ronda os "50 a 60%", embora esse valor "não traduza os reais efeitos do protesto".

"A adesão, em termos numéricos, é mais baixa em Sines do que na refinaria de Matosinhos, onde a percentagem está próxima dos 100%, mas os efeitos da greve são os mesmos ou até mais expressivos", assegurou.

Em termos práticos, segundo Hugo Basto, a refinaria de Sines "costuma abastecer de combustível, por dia, cerca de 200 camiões tanques", o que, hoje, "não aconteceu".

"Os camiões têm sido impedidos de entrar no complexo e, por isso, até agora, nenhum deles foi abastecido", frisou.

Relativamente ao transporte por via marítima, a refinaria naquela cidade do Litoral Alentejano, disse, "também é abastecida de petróleo bruto e outros produtos através de navios", cujas descargas "não estão a ser realizadas".

"Os navios que cá estavam foram obrigados a ir para o largo de Sines e os que estavam a chegar não lhes foi permitida a entrada", sublinhou.

O "pipeline" que serve para efectuar a trasfega de vários produtos entre Aveiras e Sines e vice-versa, de acordo com Hugo Basto, "não está a funcionar" devido à greve dos trabalhadores, encontrando- se também "fechado" o parque de enchimento de garrafas de gás situado no interior do complexo.

"Além disso, não foi permitida a entrada aos cerca de 600 trabalhadores de empreiteiros externos que trabalham em várias valências da manutenção da refinaria", acrescentou.

Como a greve prolonga-se até sexta-feira, frisou Hugo Basto, a refinaria "ainda pode vir a parar por completo", já que, "por motivos de segurança, essa paragem não pode acontecer de imediato".

"Minuto a minuto e hora após hora, estamos a reduzir a laboração, como tem que ser feito por razões de segurança das fábricas, e esperamos que, algumas horas antes do fim da greve, a refinaria possa ficar totalmente parada", assegurou.

De todas as formas, segundo o porta-voz da CT, os efeitos que o protesto já está a produzir "são prejudiciais à Galp Energia" e, apesar da empresa ter afastado a hipótese de rupturas na distribuição, "alguns postos de combustível vão ficar secos".

"Acredito que tenham acautelado o abastecimento dos postos de combustível com maior capacidade e mais procurados, mas os outros, se com capacidade de armazenamento inferior, vão ficar sem produtos para venda", afiançou.

A greve de dois dias dos trabalhadores da Galp Energia pretende reivindicar um prémio extraordinário de cinco mil euros por trabalhador e a clarificação dos investimentos a realizar pela empresa a curto e médio prazo, tanto em Sines como em Matosinhos.

Os trabalhadores querem ainda que a administração proceda a correcções sócio-profissionais, pois consideram que existem na empresa "aberrantes distorções de categorias profissionais e salariais".

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