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Governo preocupado com controlo estrangeiro de televisões nacionais

O facto da SIC e TVI poderem vir a ser controladas por operadores estrangeiros não é indiferente ao Governo, salientou hoje o Nuno Morais Sarmento, ministro da Presidência do Conselho de Ministros.

27 de Novembro de 2002 às 19:46
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O facto da SIC e TVI poderem vir a ser controladas por operadores estrangeiros não é indiferente ao Governo, salientou hoje o Nuno Morais Sarmento, ministro da Presidência do Conselho de Ministros.

O mesmo responsável defendeu a interacção entre a televisão pública e os canais privados, como factor de desenvolvimento do sector audiovisual em Portugal, no âmbito da conferência «Serviço Público de Televisão: realidade ou utopia», do congresso da Associação Portuguesa do Desenvolvimento das Comunicações (APDC).

«Não nos é indiferente que em três ofertas televisivas possa-se amanhã ter duas ofertas de televisão que são detidas por operadores estrangeiros», sublinhou o ministro da tutela.

Este é um dos temas do sector audiovisual onde o Governo manifesta-se atento e defensor de cooperação entre a televisão pública e privada. Morais Sarmento adiantou que as conversações com os operadores privados, no sentido de apurar as dificuldades existentes e possíveis sinergias para um melhor serviço público de televisão estão em fase de conclusão.

A Globo detém uma posição de 15% na SIC, enquanto a TVI já chegou a encetar conversações para a entrada do Grupo RTL na sua estrutura accionista.

Por outro lado, Morais Sarmento salientou que «não é aceitável a situação de desregulação do sector, que é uma das principais razões para a crise da identidade do audiovisual».

O ministro da tutela criticou o facto da televisão pública não ter apostado nas novas plataformas tecnológicas. «Já deveria ter tido a capacidade de pensar nos conteúdos interactivos para se identificar de maneira a sobreviver». Por isso, Morais Sarmento defende que é necessária uma «interacção com as telecomunicações».

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