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Governo assume opção Barreiro para construir novo terminal
O ministro da Economia, Pires de Lima, assumiu esta quarta-feira a opção pela localização do Barreiro para construir o novo terminal de contentores de Lisboa, projecto cujos estudos de engenharia e de impacto ambiental vão ser agora candidatados ao mecanismo "Interligar a Europa".
Na apresentação do projecto de reordenamento da plataforma multimodal do Porto de Lisboa, Pires de Lima fez questão de frisar que "o projecto é de todos" e "não é contra ninguém".
Lembrando que desde 1996 a administração do Porto de Lisboa tem estudado o reordenamento das actividades no estuário do Tejo, o ministro afirmou que as candidaturas agora apresentadas no âmbito do Interligar a Europa "visam recentrar a actividade económica no Tejo".
Como afirmou, além dos 11 concelhos da região, serão também beneficiadas empresas como a Siderurgia Nacional ou a Cimpor, assim como novos operadores logísticos.
O objectivo, disse Pires de Lima, é que "o Tejo volte a ser navegável até Alenquer em 2020".
No âmbito do plano para o porto de Lisboa, o Governo começou por considerar a localização de um porto na Trafaria, opção que só agora o Executivo confirmou ter sido abandonada.
Questionado sobre se o projecto que chegou a estar previsto para a Trafaria foi um erro, Pires de Lima afirmou que "nunca me ouviram ou ouvirão uma palavra de critica ao meu antecessor".
"O desenvolvimento do porto de Lisboa felizmente hoje é alvo de um razoável compromisso, que foi conseguido ao longo dos últimos dois anos", afirmou o ministro, acrescentando ser hoje evidente que existe "um consenso para estudar a possibilidade de desenvolver o terminal do Barreiro, recuperando para o Barreiro e para Seixal uma centralidade logística mas também industrial, que fazem parte da sua história e tradição.
"Sinto-me orgulhoso de termos estabelecido as pontes com os presidentes da câmaras de Lisboa, Barreiro, Seixal, com todos os responsáveis autárquicos e com APL e no final apresentarmos uma decisão que serve a região, que serve o país, que não é contra ninguém" e que "sabemos que será assumida independentemente do ministro, do secretário de Estado que estiver a representar o Governo".