Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Governo propõe ao Porto de Setúbal que indique número de trabalhadores necessários

O Governo propôs esta segunda-feira à Administração do Porto de Setúbal a emissão, em três semanas, de uma recomendação "inequívoca" do número de trabalhadores necessários aos quadros permanentes e apelou aos trabalhadores temporários para que suspendam a paralisação.

Rui Minderico/Lusa
26 de Novembro de 2018 às 19:00
  • ...

Estas propostas constam de um memorando, a que os jornalistas tiveram acesso, para a resolução do conflito no Porto de Setúbal, onde os trabalhadores eventuais, que representam a maioria dos funcionários, estão em greve desde o dia 5 de Novembro.

 

A proposta em causa está a ser debatida esta segunda-feira numa reunião, convocada pelo Ministério do Mar, que vai juntar a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e 13 entidades, como sindicatos, empresas e agentes de navegação.

 

No documento, que engloba cinco propostas para a resolução do conflito, é pedido que as empresas de trabalho portuário iniciem "de imediato" o processo de eliminação da precariedade, mantendo o recurso ao trabalho temporário dentro do quadro previsto no regime jurídico.

 

Depois da recomendação da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), "compete ao IMT (Instituto da Mobilidade e Transportes), entidade responsável pelo licenciamento das Empresas de Trabalho Portuário, auditar e garantir o cumprimento destas indicações".

 

Adicionalmente, na reunião será proposto que, durante o período de análise, os trabalhadores temporários suspendam a paralisação, devendo ainda "abster-se de qualquer acção que bloqueie o bom funcionamento do Porto".

 

Por último, a líder do ministério do Mar deverá solicitar ao Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL), de modo a tomar parte de futuras negociações, que suspenda, "de imediato", a greve dos estivadores às horas extraordinárias, em vigor até 1 de Janeiro de 2019, "garantindo assim o bom funcionamento" do porto.

 

"Estes pontos garantem as condições necessárias para uma negociação de boa-fé. Devem por isso as partes interessadas manifestar o seu assentimento às mesmas com vista à resolução de uma situação que prejudica dezenas de milhares de trabalhadores em toda a região", lê-se no documento.

 

Cerca de 90 trabalhadores contratados ao turno pela empresa de trabalho portuário Operestiva, alguns há mais de dez e outros há mais de 20 anos, têm efectuado protestos contra a situação de precariedade.

 

Estes trabalhadores eventuais, que não comparecem ao trabalho desde 5 de Novembro, exigem um contrato colectivo de trabalho, a par da garantia de que aqueles que não forem contratados terão prioridade quando for necessário colmatar os referidos picos de actividade no Porto de Setúbal.

Ver comentários
Saber mais Porto de Setúbal Ministério do Mar Operestiva ministra do Mar Ana Paula Vitorino Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra Instituto da Mobilidade e Transportes Empresas de Trabalho Portuário Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio