Notícia
Governo promete acelerar requalificação do IP3
"Farei tudo ao meu alcance para, em articulação com a Infraestruturas de Portugal, acelerarmos o desenrolar desta obra", afirmou João Galamba esta terça-feira.
14 de Fevereiro de 2023 às 14:30
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, comprometeu-se a desenvolver esforços para acelerar a requalificação do Itinerário Principal (IP) 3, entre Viseu e Coimbra, atendendo à importância que esta estrada tem para a região Centro.
"Farei tudo ao meu alcance para, em articulação com a Infraestruturas de Portugal, acelerarmos o desenrolar desta obra e termos o lançamento da empreitada entre o segundo e o terceiro trimestre de 2023, e máquinas no terreno em 2024", afirmou o governante, durante uma cerimónia em Viseu.
Referindo-se àquela que "é a maior obra rodoviária financiada pelo Orçamento do Estado", o ministro admitiu os atrasos que tem havido.
"O projeto do IP3 tem sofrido alguns atrasos face ao planeado, não só pelas restrições impostas pelo período de pandemia, mas também devido à dimensão e complexidade do projeto, e ao atraso no processo de Avaliação de Impacte Ambiental", justificou.
Por isso, tem "acompanhado de perto o empenho da Infraestruturas de Portugal para dar sequência às solicitações das diferentes entidades e também a articulação que tem sido feita com a Agência Portuguesa do Ambiente".
"Sabemos bem da relevância desta estrada que atravessa seis concelhos (Coimbra, Penacova, Mortágua, Santa Comba Dão, Tondela e Viseu), pertencentes aos distritos de Coimbra e Viseu, e que tem impacto na área de duas Comunidades Intermunicipais", acrescentou.
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), também aproveitou o seu discurso para falar do IP3, mas não da requalificação do atual traçado.
"Senhor ministro, pedia-lhe encarecidamente que levem a Bruxelas a possibilidade de financiar o IP3 e torná-lo numa autoestrada", disse o autarca.
Fernando Ruas contou que, numa recente deslocação a Bruxelas, percebeu que, "se houvesse justificação, pelo Governo do Estado membro respetivo, para haver a obra, ela poderia ser financiada".
"Tive oportunidade de dizer que não vejo nenhuma outra estrada, se calhar na Europa, onde seja mais fácil justificar a sua duplicação", frisou o antigo eurodeputado.
Por isso, Fernando Ruas disse esperar que o Governo português leve à Direção Geral de Política Regional (DG Regio) da Comissão Europeia "a possibilidade de financiar esta estrada com perfil de autoestrada".
"O senhor ministro acabou de afirmar, com a senhora ministra (da Coesão) Ana Abrunhosa, que o IC (Itinerário Complementar) 31, que liga a (autoestrada) A23 à fronteira espanhola, vai ter perfil de autoestrada. Ninguém daqui perdoaria o Governo se não fizesse a mesma coisa em relação ao IP3. Ninguém perdoaria", sublinhou.
O autarca social-democrata aproveitou ainda a presença de João Galamba para dizer que assistiu à apresentação do Plano Ferroviário Nacional e viu, "com muito gosto, que Viseu está apontado para a alta velocidade", no eixo Aveiro -- Vilar Formoso.
"É evidente que não nos agrada o horizonte temporal. Eu próprio não verei nunca essa obra concretizada", referiu.
E acrescentou um pedido: "Gostaria que o senhor ministro deixasse aqui esse compromisso de que a ferrovia, quando vier, é mesmo por aqui, até para cumprir o desígnio do Governo, que nos prometeu, há muito tempo, que cada capital de distrito seria servida por via férrea".
"Tendo por base o desígnio de levar a ferrovia a todas as capitais de distrito, o comboio tem mesmo de regressar a Viseu. Portugal precisa e o distrito de Viseu merece", respondeu-lhe o governante.
João Galamba lembrou que "o Plano Ferroviário Nacional, que está em consulta pública até ao final do mês, prevê a construção de uma nova ligação ferroviária entre o litoral e o interior Centro, no eixo Aveiro -- Viseu -- Guarda - Vilar Formoso".
"Estamos, por isso, convictos de que, em breve, Viseu deixará de ser a maior cidade da Europa sem ligação ferroviária, sendo certo que isso vai permitir catapultar o crescimento desta região e melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, assegurando melhores ligações ao resto do território nacional", acrescentou.
AMF // SSS
Lusa/fim
"Farei tudo ao meu alcance para, em articulação com a Infraestruturas de Portugal, acelerarmos o desenrolar desta obra e termos o lançamento da empreitada entre o segundo e o terceiro trimestre de 2023, e máquinas no terreno em 2024", afirmou o governante, durante uma cerimónia em Viseu.
"O projeto do IP3 tem sofrido alguns atrasos face ao planeado, não só pelas restrições impostas pelo período de pandemia, mas também devido à dimensão e complexidade do projeto, e ao atraso no processo de Avaliação de Impacte Ambiental", justificou.
Por isso, tem "acompanhado de perto o empenho da Infraestruturas de Portugal para dar sequência às solicitações das diferentes entidades e também a articulação que tem sido feita com a Agência Portuguesa do Ambiente".
"Sabemos bem da relevância desta estrada que atravessa seis concelhos (Coimbra, Penacova, Mortágua, Santa Comba Dão, Tondela e Viseu), pertencentes aos distritos de Coimbra e Viseu, e que tem impacto na área de duas Comunidades Intermunicipais", acrescentou.
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), também aproveitou o seu discurso para falar do IP3, mas não da requalificação do atual traçado.
"Senhor ministro, pedia-lhe encarecidamente que levem a Bruxelas a possibilidade de financiar o IP3 e torná-lo numa autoestrada", disse o autarca.
Fernando Ruas contou que, numa recente deslocação a Bruxelas, percebeu que, "se houvesse justificação, pelo Governo do Estado membro respetivo, para haver a obra, ela poderia ser financiada".
"Tive oportunidade de dizer que não vejo nenhuma outra estrada, se calhar na Europa, onde seja mais fácil justificar a sua duplicação", frisou o antigo eurodeputado.
Por isso, Fernando Ruas disse esperar que o Governo português leve à Direção Geral de Política Regional (DG Regio) da Comissão Europeia "a possibilidade de financiar esta estrada com perfil de autoestrada".
"O senhor ministro acabou de afirmar, com a senhora ministra (da Coesão) Ana Abrunhosa, que o IC (Itinerário Complementar) 31, que liga a (autoestrada) A23 à fronteira espanhola, vai ter perfil de autoestrada. Ninguém daqui perdoaria o Governo se não fizesse a mesma coisa em relação ao IP3. Ninguém perdoaria", sublinhou.
O autarca social-democrata aproveitou ainda a presença de João Galamba para dizer que assistiu à apresentação do Plano Ferroviário Nacional e viu, "com muito gosto, que Viseu está apontado para a alta velocidade", no eixo Aveiro -- Vilar Formoso.
"É evidente que não nos agrada o horizonte temporal. Eu próprio não verei nunca essa obra concretizada", referiu.
E acrescentou um pedido: "Gostaria que o senhor ministro deixasse aqui esse compromisso de que a ferrovia, quando vier, é mesmo por aqui, até para cumprir o desígnio do Governo, que nos prometeu, há muito tempo, que cada capital de distrito seria servida por via férrea".
"Tendo por base o desígnio de levar a ferrovia a todas as capitais de distrito, o comboio tem mesmo de regressar a Viseu. Portugal precisa e o distrito de Viseu merece", respondeu-lhe o governante.
João Galamba lembrou que "o Plano Ferroviário Nacional, que está em consulta pública até ao final do mês, prevê a construção de uma nova ligação ferroviária entre o litoral e o interior Centro, no eixo Aveiro -- Viseu -- Guarda - Vilar Formoso".
"Estamos, por isso, convictos de que, em breve, Viseu deixará de ser a maior cidade da Europa sem ligação ferroviária, sendo certo que isso vai permitir catapultar o crescimento desta região e melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, assegurando melhores ligações ao resto do território nacional", acrescentou.
AMF // SSS
Lusa/fim