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Governo está a testar trabalhadores na região de Lisboa. Foco está na construção

Despistagem arrancou ontem e vai prolongar-se nos próximos dias. Ministra da Saúde diz que ação será centrada nos trabalhadores da construção civil e envolve o INEM.

Bloomberg
31 de Maio de 2020 às 13:13
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Os trabalhadores em empresas e locais de trabalho com fatores de risco na região da grande Lisboa estão a ser testados para covid-19 numa ação de despistagem que arrancou no sábado e se prolonga pelos próximos dias, anunciou o Governo.

A Ministra da Saúde afirmou este domingo, na habitual conferência de imprensa após a divulgação do relatório da DGS, que a ação será focada no setor da construção civil e envolverá sete equipas do INEM para a colheita de amostras de material biológico. Uma atividade que será "complementada pela atividade dos centros de testes e colheitas realizados nos centros de atendimento à covid-19".

Em comunicado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social adiantou que o foco principal desta operação coordenada de testagem de trabalhadores incidirá "em zonas com mais casos identificados e, em particular, em empresas e locais de trabalho com casos diagnosticados ou com fatores de risco associados".

Integrada na estratégia traçada para prevenir e conter os riscos de contágio do novo coronavírus, esta operação coordenada de testagem a trabalhadores da grande Lisboa está a ser conduzida numa ação conjunta das autoridades de saúde, INEM, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e Instituto da Segurança Social (ISS).

Na sexta-feira, no final da reunião de Conselho de Ministros, em que ficaram definidas as medidas para a próxima fase de desconfinamento, que arranca na segunda-feira, o primeiro-ministro anunciou que o Governo pretende reforçar as medidas de vigilância epidemiológica no setor da construção e nas empresas de trabalho temporário para controlar focos de infeção pelo novo coronavírus.

A situação epidemiológica na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde o aumento de novos casos tem sido, nos últimos dias, superior em relação ao resto do país, ditou uma calendarização diferente na retoma de algumas atividades desta nova fase de desconfinamento, com os centros comerciais a permanecerem encerrados até 04 de junho.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, que sexta-feira foi prolongado até 14 de junho, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório apenas para pessoas doentes e em vigilância ativa e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

O Governo aprovou sexta-feira novas medidas para entrarem em vigor em 01 junho, com destaque para a abertura dos centros comerciais (à exceção da Área Metropolitana de Lisboa), dos ginásios ou das salas de espetáculos. Estas medidas juntam-se às que entraram em vigor no dia 18 de maio, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

Sábado regressaram as cerimónias religiosas comunitárias enquanto a abertura da época balnear acontecerá em 06 de junho.

(Notícia atualizada às 13:20)
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