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Gestoras de resíduos especiais criam associação para "resolver problemas do setor"

Sete empresas de tratamento de resíduos especiais criaram a associação Círculo, numa altura em que dizem que Portugal está muito atrás no cumprimento dos objetivos europeus.

Um dos Cirver instalados no Eco-parque do Relvão, na Chamusca.
Paulo Cunha/Lusa
26 de Julho de 2023 às 12:27
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Sete empresas de tratamento de resíduos especiais criaram uma associação para resolver os problemas do setor, numa altura em que dizem que os objetivos europeus estão "em risco de incumprimento".

A Círculo – Associação pela Circularidade de Resíduos Especiais "pretende conceder prioridade à Agenda dos Resíduos Especiais e à promoção de uma economia circular" e atuar pela "defesa do modelo Cirver (centros integrados de recuperação, valorização e eliminação de resíduos perigosos) para assegurar uma rigorosa segregação dos resíduos perigosos, em defesa do ambiente e da saúde pública", afirma em comunicado.

O mercado nacional tem uma produção anual de resíduos especiais superior a um milhão de toneladas, com um valor na ordem dos 300 milhões de euros.

As empresas fundadoras da associação são a Interecycling – Sociedade de Reciclagem, a Egeo – Tecnologia e Ambiente, Ecodeal – Gestão Integral de Resíduos Industriais, Ave - Gestão Ambiental e Valorização Energética, Eco-Oil - Tratamento de Águas Contaminadas, Correia & Correia - Gestão de Resíduos e Carmona – Sociedade de Limpeza e Tratamento de Combustíveis.

 

O presidente da direção será Ricardo Vidal, da Interecycling, sendo os restantes lugares ocupados por Filipe Serzedelo (Egeo), Manuel Simões (Ecodeal) e Luís Realista (Ave). Francisco Quintela (Eco-Oil) será presidente da Mesa da Assembleia Geral, que contará com Vitor Carmona (Carmona) como vice-presidente e Mathieu Gerardin (EGEO) como Secretário.


Em comunicado, a Círculo salienta que "os resíduos especiais são resíduos diferentes dos resíduos urbanos e industriais não perigosos" e defende que é "mais eficiente e benéfico para o ambiente e para a saúde pública que os resíduos especiais sejam recolhidos, valorizados ou tratados num circuito separado da grande maioria dos outros resíduos".

Para a associação, Portugal está hoje "em risco de não cumprir diretivas europeias", em particular as metas fixadas para 2025 de preparação para a reutilização, de reciclagem de resíduos urbanos e de reciclagem de todos os resíduos de embalagens, assim como nos indicadores relativos à economia circular e à gestão de resíduos, "em que o nosso país está muito abaixo da média da União Europeia, não tendo cumprido a meta estipulada de reciclar 50% dos resíduos urbanos até 2020".


As empresas frisam ainda que, de acordo com um relatório do Eurostat, "Portugal é o quarto país da União com pior taxa de circularidade", sendo a média europeia de 11,7% e em Portugal de 2,5%.


As primeiras ações que a Círculo pretende desenvolver serão direcionadas  a "assegurar o correto tratamento dos resíduos especiais, fomentar a reciclagem e regeneração dos resíduos especiais, promover a continuidade do modelo Cirver, assegurando uma rigorosa segregação dos resíduos perigosos e suscitar a discussão em torno da Lei do Solo, a sua correta classificação e a elaboração do Atlas da Qualidade do Sol".

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