Notícia
Fusão dos teatros nacionais "é frivolidade política pura"
"É preciso salvar o teatro da governação socialista", diz Ricardo Pais, que acusa Gabriela Canavilhas de visão incompetente e critica a fusão dos teatros nacionais (São João, D. Maria II e OPART), que resulta do plano de austeridade. "Isto parece uma Santa Aliança entre a senhora ministra da Cultura e o Dr. Rui Rio".
A uma semana de estrear "Sombras" no Teatro Nacional de São João, de que é ex-director, o encenador revolta-se numa longa entrevista ao Negócios hoje na edição impressa contra a fusão do teatro portuense com o D. Maria II e o OPART (que gere o São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado), organizações "menos maduras" e com muito menos "repercussão e prestígio".
Ricardo Pais arrasa a competência de Gabriela Canavilhas e "a espécie de cacofonia gestorial digna dos piores dias de Santana Lopes".
"Só posso entender como um perfídia ou como um atitude muito ínvia a inclusão deste teatro, que é um lugar de 'resistência artística', no conjunto das confusões que existem em Lisboa."
E prossegue: "Alguém fez alguma vez esta análise com o teatro ou alguém se encarregou no Ministério de a fazer? Têm lá centenas de assessores de competência duvidosa, pendurados nos gabinetes a fazer sabe Deus o quê."
"A senhora ministra é muito pérfida quando diz que a única forma de salvar uma casa que não tem dinheiro para o seu dia-a-dia é a fusão", acusa ainda Ricardo Pais, afirmando que "a ministra não tem ideia nenhuma do que se passa no TNSJ". Aliás, "ao que me dizem, nunca assistiu sequer a uma produção própria deste teatro desde que é ministra." Mas é natural que "se sinta muito bem em vir à abertura do Porto Fashion, nunca tendo ido ao TNSJ assistir a uma produção própria. Fica bem, é chique."
Não perca a entrevista na íntegra hoje nas bancas, no Negócios.
Ricardo Pais arrasa a competência de Gabriela Canavilhas e "a espécie de cacofonia gestorial digna dos piores dias de Santana Lopes".
"Só posso entender como um perfídia ou como um atitude muito ínvia a inclusão deste teatro, que é um lugar de 'resistência artística', no conjunto das confusões que existem em Lisboa."
E prossegue: "Alguém fez alguma vez esta análise com o teatro ou alguém se encarregou no Ministério de a fazer? Têm lá centenas de assessores de competência duvidosa, pendurados nos gabinetes a fazer sabe Deus o quê."
"A senhora ministra é muito pérfida quando diz que a única forma de salvar uma casa que não tem dinheiro para o seu dia-a-dia é a fusão", acusa ainda Ricardo Pais, afirmando que "a ministra não tem ideia nenhuma do que se passa no TNSJ". Aliás, "ao que me dizem, nunca assistiu sequer a uma produção própria deste teatro desde que é ministra." Mas é natural que "se sinta muito bem em vir à abertura do Porto Fashion, nunca tendo ido ao TNSJ assistir a uma produção própria. Fica bem, é chique."
Não perca a entrevista na íntegra hoje nas bancas, no Negócios.