Notícia
Fundo de pensões da Noruega desinveste no Golfo Pérsico e põe Saudi Telecom na lista negra
O fundo de gestão de pensões da Noruega já tirou 15 milhões de dólares de 12 empresas por risco de violação de direitos humanos e por desrespeito das normas climáticas. Uma delas é a Saudi Telecom, uma potencial interessada na compra da Altice Portugal.
O fundo de pensões da Noruega anunciou que vai deixar de investir em empresas listadas na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait devido ao risco "inaceitável" de violações de direitos humanos. Na prática, o fundo de pensões do governo norueguês, o maior fundo soberano do mundo, desinveste, assim, em mais de uma dezena de entidades, tendo já vendido bens num valor total de 15 milhões de dólares, de acordo com a Reuters.
Na lista estão 12 empresas: uma petrolífera, cinco grupos de imobiliário e seis companhias de telecomunicações, onde se inclui a Saudi Telecom. O KLP critica, em particular, a vigilância e censura exercida através destas empresas de telecomunicações, com a ajuda do desenvolvimento da inteligência artificial.
Este mês foi conhecido que a Saudi Telecom é uma das interessadas na compra da Altice Portugal, algo que o Governo português prometeu analisar, quando esse interesse for formalizado, mas que suscitou alguma preocupação ao especialista ouvido, na altura, pelo Negócios.
Sobre a petrolífera saudita Aramco, o KLP diz que foi excluída devido à "falta de planos para atenuar as alterações climáticas e de transição energética", pode ler-se em comunicado. O fundo soberano justifica ainda a exclusão das empresas do imobiliário devido à exploração e discriminação dos trabalhadores migrantes africanos e asiáticos.
Na lista estão 12 empresas: uma petrolífera, cinco grupos de imobiliário e seis companhias de telecomunicações, onde se inclui a Saudi Telecom. O KLP critica, em particular, a vigilância e censura exercida através destas empresas de telecomunicações, com a ajuda do desenvolvimento da inteligência artificial.
Sobre a petrolífera saudita Aramco, o KLP diz que foi excluída devido à "falta de planos para atenuar as alterações climáticas e de transição energética", pode ler-se em comunicado. O fundo soberano justifica ainda a exclusão das empresas do imobiliário devido à exploração e discriminação dos trabalhadores migrantes africanos e asiáticos.
"Os estados do Golfo continuam a caracterizar-se por sistemas de governo autoritários, que restringem a liberdade de expressão e os direitos políticos, incluindo dos críticos e dos ativistas de direitos humanos", indica o comunicado, assinado por Kiran Aziz, que dirige o departamento de investimentos responsáveis.
Aziz diz ainda que as empresas da região que se mantêm na lista de investimentos vão manter-se sob escrutínio.
Aziz diz ainda que as empresas da região que se mantêm na lista de investimentos vão manter-se sob escrutínio.