Notícia
França confirma disponibilidade para novos estudos técnicos de gasoduto ibérico
Para o Eliseu, os estudos técnicos mostrados até agora levaram à rejeição deste projeto, com os conselheiros do Presidente Emmanuel Macron a referirem que o projeto apresentado em 2019 não correspondia às necessidade de curto e longo prazo.
28 de Setembro de 2022 às 12:56
A França admite reconsiderar o projeto de gasoduto de ligação à Península Ibérica Midcat devido "ao contexto internacional e energético" que mudou desde a recusa de 2019, e os líderes dos países do sul vão discuti-lo em Alicante.
"A reflexão franco-espanhola nunca foi interrompida, houve e há interrogações na mesa sobre a pertinência técnica deste projeto e nós continuamos a observar, não sei se com novos olhos, mas desde os últimos dados técnicos que temos que são de 2019, o contexto internacional e energético mudou completamente", afirmou fonte oficial do Eliseu esta quarta-feira em declarações aos jornalistas.
O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, encontrou-se na terça-feira com a sua homóloga Laurence Boone, em Paris, e indicou que a França estava disponível para "revisitar" o tema do gasoduto MidCat, que ligará a Espanha à França através de um gasoduto que atravessa os Pirinéus Orientais, havendo depois uma ligação também entre Espanha e Portugal.
Para o Eliseu, os estudos técnicos mostrados até agora levaram à rejeição deste projeto, com os conselheiros do Presidente Emmanuel Macron a referirem que o projeto apresentado em 2019 não correspondia às necessidade de curto e longo prazo.
Com as mudanças geopolíticas na Europa, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, a França garante agora que "a solidariedade europeia é a bússola da ação" francesa, levando o país a reconsiderar a sua posição.
"A posição francesa é clara, somos favoráveis às interconexões, em segundo lugar a solidariedade europeia é a bússola da nossa ação a nível de matéria energética e [...], mas julgamos hoje que estas não cumprem os objetivos de curto prazo. O que pedimos aos nossos serviços técnicos é como é que isto pode entrar numa estratégia geral de soberania energética europeia", indicou fonte do Eliseu.
Emmanuel Macron vai estar presente na 9.ª cimeira dos países do sul da União Europeia que acontece já no dia 30 de setembro, em Alicante, Espanha.
Além de fazer parte da agenda da cimeira dos países do sul da Europa, em Alicante, a questão também deverá ser abordada pelo chefe de Governo espanhol, Pedro Sanchez, e pelo chanceler alemão na cimeira que os dois países realizam na Galiza em 05 de outubro, imediatamente antes da próxima cimeira informal de líderes da UE, agendada para 06 e 07 de outubro em Praga.
"A reflexão franco-espanhola nunca foi interrompida, houve e há interrogações na mesa sobre a pertinência técnica deste projeto e nós continuamos a observar, não sei se com novos olhos, mas desde os últimos dados técnicos que temos que são de 2019, o contexto internacional e energético mudou completamente", afirmou fonte oficial do Eliseu esta quarta-feira em declarações aos jornalistas.
Para o Eliseu, os estudos técnicos mostrados até agora levaram à rejeição deste projeto, com os conselheiros do Presidente Emmanuel Macron a referirem que o projeto apresentado em 2019 não correspondia às necessidade de curto e longo prazo.
Com as mudanças geopolíticas na Europa, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, a França garante agora que "a solidariedade europeia é a bússola da ação" francesa, levando o país a reconsiderar a sua posição.
"A posição francesa é clara, somos favoráveis às interconexões, em segundo lugar a solidariedade europeia é a bússola da nossa ação a nível de matéria energética e [...], mas julgamos hoje que estas não cumprem os objetivos de curto prazo. O que pedimos aos nossos serviços técnicos é como é que isto pode entrar numa estratégia geral de soberania energética europeia", indicou fonte do Eliseu.
Emmanuel Macron vai estar presente na 9.ª cimeira dos países do sul da União Europeia que acontece já no dia 30 de setembro, em Alicante, Espanha.
Além de fazer parte da agenda da cimeira dos países do sul da Europa, em Alicante, a questão também deverá ser abordada pelo chefe de Governo espanhol, Pedro Sanchez, e pelo chanceler alemão na cimeira que os dois países realizam na Galiza em 05 de outubro, imediatamente antes da próxima cimeira informal de líderes da UE, agendada para 06 e 07 de outubro em Praga.