Notícia
Exportações têxteis aumentam 6% até Setembro mas caem para os EUA
As exportações de têxteis e de vestuário aumentaram 6% nos primeiros nove meses do ano, para 3,8 mil milhões de euros, com os Estados Unidos a fixar-se como o único dos dez principais mercados desta indústria portuguesa em que houve uma queda das vendas.
A indústria portuguesa de têxteis e de vestuário regozija-se por já ser "possível afirmar" que irá fechar 2016 com um valor de exportações superior a cinco mil milhões de euros.
O sector registou no mês de Setembro um crescimento de 11% nas vendas ao exterior, face ao mesmo mês do ano passado, tendo no acumulado dos nove primeiros meses do ano, em termos homólogos, aumentado as exportações em 6%, para 3,8 mil milhões de euros.
Os dados compilados pela principal associação do sector (ATP), com base nas estatísticas publicadas pelo INE nesta quarta-feira, 9 de Novembro, mostram que as exportações de têxteis e vestuário aumentaram para nove dos seus dez principais mercados.
A excepção foi os Estados Unidos, destino que registou uma queda de 7% nas vendas destes produtos portugueses, entre Janeiro e Setembro passados, para 196 milhões de euros, menos 15 milhões do que há um ano.
O destino Estados Unidos foi o terceiro do "ranking" das maiores quedas das exportações de têxteis e de vestuário para fora da União Europeia neste período, sendo apenas ultrapassado por Angola (menos 50%) e China (menos 10%).
Já os destinos europeus reforçaram o seu peso no total das exportações, registando um crescimento de 9%, com Espanha a reforçar a liderança enquanto melhor destino – mais 12%, para 1,341 mil milhões de euros. Regista mesmo o maior crescimento absoluto: acréscimo de 148 milhões de euros.
Alemanha (com um aumento de 27,6 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 9%) e Itália (mais 18,6 milhões de euros, o que significa que cresceu 14%) são outros mercados em destaque.
Fora da UE, a ATP destaque o crescimento registados nas exportações para a Macedónia (mais 384%), México (18%), Turquia (17%), Arábia Saudita (56%), Marrocos (8%), Canadá (8%), Cabo Verde (23%) e Japão (16%).
Em termos de balança comercial, esta indústria apresentava, no final de Setembro, um saldo positivo de 920 milhões de euros, o que representava uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 132%.