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Ex-gestor judicial do Teimoso detido. PJ executa 15 buscas
A PJ executou 15 mandados de busca e apreensão, dos quais três buscas domiciliárias e 12 buscas não domiciliárias, que decorreram nas localidades de Odivelas, Palmela e Tavira.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quinta-feira o ex-administrador da massa insolvente da dona do restaurante hotel Teimoso na Figueira da Foz, Manuel da Silva Teodoro.
A detenção foi conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção no âmbito do inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Loures.
A operação, que foi batizada de "Gota de Água", foi revelada pelo órgão de polícia criminal em comunicado, não tendo porém referido qualquer nome.
Porém, o Negócios apurou que se trata do ex-gestor judicial da António Peres Sanches Lda. A notícia foi inicialmente avançada pela CNN Portugal.
Em abril, o Negócios noticiou que Manuel da Silva Teodoro tinha sido destituído pelo tribunal de Coimbra, por haver inconformidades entre o mapa de rateio da massa insolvente da dona do Teimoso e o extrato bancário da empresa.
O homem de 82 anos terá transferido, segundo o extrato bancário a que o Negócios teve acesso, vários montantes para as contas bancárias de outras massas insolvente e para a sua conta pessoal.
Além disso, mais tarde, o Negócios avançou que além da conta bancária da dona do Teimoso, terão ainda desaparecido da conta de outras massas insolvente sob a gestão de Manuel da Silva Teodoro montantes avultados, segundo fontes conhecedoras do assunto.
Agora, Manuel da Silva Teodoro é "fortemente indiciado" pelo Ministério Público, "pela autoria dos crimes de peculato e branqueamento", refere o comunicado da PJ.
A Justiça acredita ainda que houve participação de outras pessoas, além do gestor judicial nestes casos, o que agora parece patente.
A PJ esclarece na nota que "foram ainda recolhidos fortes indícios de que o visado terá recebido a ajuda de terceiros para a execução de operações de conversão ou transferência de vantagens resultantes dos crimes em investigação, a fim de dissimular a sua origem ilícita".
Ao todo os inspetores executaram 15 mandados de busca e apreensão, dos quais três buscas domiciliárias e 12 buscas não domiciliárias, que decorreram nas localidades de Odivelas, Palmela e Tavira.
A PJ assegura que vai prosseguir a investigação, "após a realização subsequente da análise à prova complementar agora recolhida, visando o apuramento integral de todas as condutas criminosas".
(Notícia atualizada às 15:21 horas).