Notícia
EMEL estima duplicar número de bicicletas Gira em Lisboa até ao final do ano
A EMEL tem em curso um concurso para a aquisição de 1.500 bicicletas elétricas e prepara já um novo procedimento para a aquisição de mais 600. As próximas freguesias a beneficiar das bicicletas partilhadas municipais serão Olivais e Campo de Ourique.
18 de Julho de 2020 às 10:43
O sistema Gira deverá ter no terreno, no final do ano, cerca do dobro das bicicletas que tem atualmente a operar em Lisboa, passando de 700 para mais de 1.500, anunciou o presidente da EMEL, Luís Natal Marques.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa recordou que está neste momento em curso um concurso para a aquisição de 1.500 bicicletas elétricas (lançado em fevereiro) e avançou que um novo procedimento para a aquisição de mais 600 bicicletas, também elétricas, está em preparação.
"Isso acompanhado pela aquisição de mais 30 estações, o que significa que esperamos nós que, em 2021, o sistema esteja reforçado e com muito maior disponibilidade para os utilizadores", adiantou Luís Natal Marques, na oficina onde é feita a reparação das bicicletas, que passaram para a gestão exclusiva da EMEL em maio.
As 1.500 bicicletas deverão começar a chegar no último trimestre do ano e servirão para equipar as novas estações e reforçar as que já existem.
A empresa tem outras 300 bicicletas paradas na oficina, que ficaram na sua posse após a rescisão do contrato com a Órbita (que fazia a gestão da rede) e que deverão ser introduzidas no sistema "já em setembro ou outubro, com a 'reentré'".
Com a pandemia de covid-19, e tendo a EMEL suspendido a utilização do sistema de bicicletas partilhadas temporariamente, registou-se uma redução da procura "superior a 80%", que começou a recuperar "gradualmente logo desde o início do mês de abril", indicam dados fornecidos pela empresa à Lusa.
De acordo com a mesma informação, o número médio de viagens realizadas por dia em fevereiro foi de 5.672, tendo em março descido para 3.175, queda que se acentuou em abril com uma média de apenas 1.238 viagens por dia.
Em maio, o número médio de viagens diárias aumentou para 3.291 e em junho cifrou-se em 4.116. No mês de julho, e segundo dados até segunda-feira, a média diária situa-se nas 3.777 viagens.
Desde junho de 2017, quando o sistema entrou em funcionamento, foram realizadas cerca de 3,2 milhões viagens, tendo-se registado o maior número de viagens num dia em 22 de fevereiro do ano passado: 6.814.
Segundo Luís Natal Marques, das cerca de 700 bicicletas que a empresa tem na rua neste momento, 400 são convencionais e 300 elétricas. Quanto às estações, estão em funcionamento 83 de um total de 92 instaladas (nove inativas).
"O sistema foi concebido para que 2/3 do sistema fosse composto por bicicletas elétricas. No entanto, as elétricas têm aqui uma tecnologia do ponto de vista da reparação que é mais complicado", explicou o presidente da EMEL, admitindo que essa percentagem não tem sido garantida.
Sobre a expansão da rede Gira para todas as freguesias da cidade, Luís Natal Marques sublinhou que esse é um processo "que demora o seu tempo", recusando que esteja concluído em 2020 e escusando-se a avançar uma data concreta.
"Não faria sentido, por exemplo, nós levarmos as bicicletas para uma freguesia periférica, sem que o espaço entre essa freguesia e o centro da cidade fosse também municiado com outras estações", argumentou.
O presidente da EMEL reforçou que "entre duas estações não pode ser o deserto", realçando também que é "nas zonas de maior emprego e mais centrais da cidade" que as bicicletas Gira são mais utilizadas, sobretudo nas horas de ponta.
"Portanto, vai levar algum tempo a chegar à periferia, mas a intenção é, naturalmente, que o sistema abarque toda a cidade", afirmou Natal Marques, ao contrário do que estimou o ano passado o vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa, Miguel Gaspar (PS), em declarações à Lusa, dizendo que esperava que o sistema pudesse estar em todas as freguesias até ao final de 2020.
Para já, as próximas freguesias a beneficiar das bicicletas partilhadas municipais serão Olivais e Campo de Ourique, referiu Luís Natal Marques, acrescentando que haverá também um reforço do sistema em Arroios, mais concretamente na Avenida Almirante Reis.
Sobre o 'feedback' recebido pelos utilizadores, o presidente da EMEL destacou que "a principal falha é a penúria de bicicletas" devido "ao elevado índice de utilização" do sistema que, na sua opinião, "atingiu em Lisboa a maturidade muito cedo".
A rede de bicicletas Gira tem sido alvo de sucessivos atrasos, o que tem motivado algumas críticas de autarcas e utilizadores, que reclamam que o serviço não responde às necessidades.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa recordou que está neste momento em curso um concurso para a aquisição de 1.500 bicicletas elétricas (lançado em fevereiro) e avançou que um novo procedimento para a aquisição de mais 600 bicicletas, também elétricas, está em preparação.
As 1.500 bicicletas deverão começar a chegar no último trimestre do ano e servirão para equipar as novas estações e reforçar as que já existem.
A empresa tem outras 300 bicicletas paradas na oficina, que ficaram na sua posse após a rescisão do contrato com a Órbita (que fazia a gestão da rede) e que deverão ser introduzidas no sistema "já em setembro ou outubro, com a 'reentré'".
Com a pandemia de covid-19, e tendo a EMEL suspendido a utilização do sistema de bicicletas partilhadas temporariamente, registou-se uma redução da procura "superior a 80%", que começou a recuperar "gradualmente logo desde o início do mês de abril", indicam dados fornecidos pela empresa à Lusa.
De acordo com a mesma informação, o número médio de viagens realizadas por dia em fevereiro foi de 5.672, tendo em março descido para 3.175, queda que se acentuou em abril com uma média de apenas 1.238 viagens por dia.
Em maio, o número médio de viagens diárias aumentou para 3.291 e em junho cifrou-se em 4.116. No mês de julho, e segundo dados até segunda-feira, a média diária situa-se nas 3.777 viagens.
Desde junho de 2017, quando o sistema entrou em funcionamento, foram realizadas cerca de 3,2 milhões viagens, tendo-se registado o maior número de viagens num dia em 22 de fevereiro do ano passado: 6.814.
Segundo Luís Natal Marques, das cerca de 700 bicicletas que a empresa tem na rua neste momento, 400 são convencionais e 300 elétricas. Quanto às estações, estão em funcionamento 83 de um total de 92 instaladas (nove inativas).
"O sistema foi concebido para que 2/3 do sistema fosse composto por bicicletas elétricas. No entanto, as elétricas têm aqui uma tecnologia do ponto de vista da reparação que é mais complicado", explicou o presidente da EMEL, admitindo que essa percentagem não tem sido garantida.
Sobre a expansão da rede Gira para todas as freguesias da cidade, Luís Natal Marques sublinhou que esse é um processo "que demora o seu tempo", recusando que esteja concluído em 2020 e escusando-se a avançar uma data concreta.
"Não faria sentido, por exemplo, nós levarmos as bicicletas para uma freguesia periférica, sem que o espaço entre essa freguesia e o centro da cidade fosse também municiado com outras estações", argumentou.
O presidente da EMEL reforçou que "entre duas estações não pode ser o deserto", realçando também que é "nas zonas de maior emprego e mais centrais da cidade" que as bicicletas Gira são mais utilizadas, sobretudo nas horas de ponta.
"Portanto, vai levar algum tempo a chegar à periferia, mas a intenção é, naturalmente, que o sistema abarque toda a cidade", afirmou Natal Marques, ao contrário do que estimou o ano passado o vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa, Miguel Gaspar (PS), em declarações à Lusa, dizendo que esperava que o sistema pudesse estar em todas as freguesias até ao final de 2020.
Para já, as próximas freguesias a beneficiar das bicicletas partilhadas municipais serão Olivais e Campo de Ourique, referiu Luís Natal Marques, acrescentando que haverá também um reforço do sistema em Arroios, mais concretamente na Avenida Almirante Reis.
Sobre o 'feedback' recebido pelos utilizadores, o presidente da EMEL destacou que "a principal falha é a penúria de bicicletas" devido "ao elevado índice de utilização" do sistema que, na sua opinião, "atingiu em Lisboa a maturidade muito cedo".
A rede de bicicletas Gira tem sido alvo de sucessivos atrasos, o que tem motivado algumas críticas de autarcas e utilizadores, que reclamam que o serviço não responde às necessidades.