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EDP fecha ciclo de grandes compras após aquisição da Horizon
Os investimentos de grande dimensão, acima dos 2 mil milhões de euros, estão colocados de parte na Energias de Portugal (EDP). António Mexia, presidente da eléctrica, diz que, após a aquisição da Horison nos EUA, "este é um momento de consolidação na EDP"
Os investimentos de grande dimensão, acima dos 2 mil milhões de euros, estão colocados de parte na Energias de Portugal (EDP). António Mexia, presidente da eléctrica, diz que, após a aquisição da Horison nos EUA, "este é um momento de consolidação na EDP".
O administrador financeiro da eléctrica, Nuno Alves, explicou que a EDP não tem dificuldades a nível de financiamento, mas uma operação de aquisição de grande volume poderia comprometer a notação de "rating", levando-a para "A-". "O conselho não pode prejudicar a empresa com este tipo de investimentos", afirmou o responsável.
O impacto da compra da Horison (adquirida por cerca de 1,58 mil milhões de euros) ainda não está reflectido nos resultados do primeiro trimestre de 2007. Estimando que o "financial closing" da aquisição aconteça até ao final de Junho, Mexia prevê que a operação tenha impacto nos resultados "provavelmente no terceiro trimestre", em que "vão haver alterações significativas".
Sem avançar com números, António Mexia referiu que o aumento da dívida foi "claramente assumido quando fizemos a oferta e a reacção do mercado foi no sentido de que esta operação cria valor para a companhia".
A dívida líquida da EDP diminuiu 6% no primeiro trimestre para 8,8 mil milhões de euros "reflectindo o elevado nível de geração de ‘cash flow’ do ‘core business’ da EDP", destacou a empresa na apresentação de resultados, em Oviedo, Espanha.
Já o resultado líquido aumentou em 2% para 241,4 milhões de euros, incluindo 103 milhões de ganhos financeiros não recorrentes com o SWAP de taxas de juro relativo ao CMEC – custos de manutenção de equilíbrio contratual.
Para o próximo trimestre está prevista a transição dos CAE para os CMEC e a EDP está, neste momento, a elaborar uma "short list" de instituições financeiras com quem vai negociar a titularização de 800 milhões de euros. a operação deverá acontecer ainda este ano.
Já sobre o défice tarifário, que este ano ronda os 49 milhões de euros, "a titularização não faz sentido", afirmou Nuno Alves, administrador financeiro da eléctrica.
O CFO disse que uma operação de mercado deste tipo também não será feita para o valor do ano passado, "que é um montante tão pequeno".