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É preciso cautela na subida das taxas de juro, diz vice-governadora do Banco de Portugal
Clara Costa Raposo, que deixa a presidência do ISEG Lisbon School of Economics para o novo cargo, considerou também que, atualmente, há "muito mais exigência" quanto ao desempenho dos bancos no sistema financeiro.
12 de Outubro de 2022 às 12:34
O banco central está mais capacitado para supervisionar, defendeu a vice-governadora indigitada para o Banco de Portugal (BdP) Clara Costa Raposo, numa audição parlamentar, recomendando cautela na subida de taxas juro e mudança de hábitos aos portugueses.
"Neste momento a mensagem é a de termos alguma cautela na forma como se vai promovendo essa subida de taxas de juro nominais, que começámos a verificar este ano, para que não haja uma precipitação que nos faça, logo a seguir, querer inverter essa tendência. Tem de haver aqui algum gradualismo para se ir vendo como as diferentes economias estão a reagir", afirmou Clara Costa Raposo à Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, que vai na próxima semana emitir parecer da designação da nova vice-governadora.
Clara Costa Raposo, que deixa a presidência do ISEG Lisbon School of Economics para o novo cargo, considerou também que, atualmente, há "muito mais exigência" quanto ao desempenho dos bancos no sistema financeiro, que os mecanismos de supervisão e controlo "são bastante apertados" e que há "muito mais acompanhamento" por parte dos supervisores da atividade dos bancos" e mais "conhecimento e capacidade" de supervisionar.
Sobre a saúde do sistema bancário, disse não estar preocupada: "O trabalho feito nos últimos anos garante-nos alguma confiança na situação atual. Temos naturalmente de acompanhar o impacto que a alteração de taxas de juro, etc, possa ter no sistema financeiro", precisou.
Defendendo que arrefecer a subida de preços sem comprometer a atividade das empresas "é um equilíbrio difícil", Clara Costa Raposo, questionada pelos deputados, deu algumas recomendações aos portugueses para enfrentarem o quadro económico de subida de preços e de juros.
"Também estamos a pagar um bocadinho o preço de uma guerra, em que não temos os nossos filhos a combater (..) até resolvidos os problemas de energia, deviamos tentar alterar um bocadinho os nossos hábitos de consumo, para evitarmos estarmos tão expostos", afirmou.
A designação pelo Conselho de Ministros para o cargo de vice-governadora, em meados de setembro, carecia de uma audição, concretizada esta quarta-feira, e subsequente emissão de parecer pela Comissão de Orçamento e Finanças.
"Neste momento a mensagem é a de termos alguma cautela na forma como se vai promovendo essa subida de taxas de juro nominais, que começámos a verificar este ano, para que não haja uma precipitação que nos faça, logo a seguir, querer inverter essa tendência. Tem de haver aqui algum gradualismo para se ir vendo como as diferentes economias estão a reagir", afirmou Clara Costa Raposo à Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, que vai na próxima semana emitir parecer da designação da nova vice-governadora.
Sobre a saúde do sistema bancário, disse não estar preocupada: "O trabalho feito nos últimos anos garante-nos alguma confiança na situação atual. Temos naturalmente de acompanhar o impacto que a alteração de taxas de juro, etc, possa ter no sistema financeiro", precisou.
Defendendo que arrefecer a subida de preços sem comprometer a atividade das empresas "é um equilíbrio difícil", Clara Costa Raposo, questionada pelos deputados, deu algumas recomendações aos portugueses para enfrentarem o quadro económico de subida de preços e de juros.
"Também estamos a pagar um bocadinho o preço de uma guerra, em que não temos os nossos filhos a combater (..) até resolvidos os problemas de energia, deviamos tentar alterar um bocadinho os nossos hábitos de consumo, para evitarmos estarmos tão expostos", afirmou.
A designação pelo Conselho de Ministros para o cargo de vice-governadora, em meados de setembro, carecia de uma audição, concretizada esta quarta-feira, e subsequente emissão de parecer pela Comissão de Orçamento e Finanças.