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Detidos começaram a ser ouvidos na Audiência Nacional em Madrid

Os nove detidos acusados de burla em negócios de selos nas empresas espanholas Afinsa e Fórum Filatélico, entre os quais o luso-português Albertino Figueiredo, começaram a ser ouvidos hoje em dois tribunais de instrução de Madrid, disseram fontes judiciai

12 de Maio de 2006 às 09:05
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Os nove detidos acusados de burla em negócios de selos nas empresas espanholas Afinsa e Fórum Filatélico, entre os quais o luso-português Albertino Figueiredo, começaram a ser ouvidos hoje em dois tribunais de instrução de Madrid, disseram fontes judiciais.

As sessões de audiências, que começaram cerca das 09:40 locais (08:40 em Lisboa) decorrem nas salas de Instrução número 1 e número 5 da Audiência Nacional, em Madrid, em cujos calabouços se encontram os detidos, disse à Lusa fonte judicial.

O juiz Santiago Pedraz começou a audição aos dois sócios da Afinsa, o presidente honorário luso-espanhol Albertino de Figueiredo e o presidente Juan António Cano.

Posteriormente serão ouvidos Carlos Figueiredo Escriba, filho do empresário luso-espanhol e Vicente Martín Peña, os outros dois conselheiros da Afinsa detidos desde terça-feira depois de rusgas a escritórios da empresa e a residências privadas em vários pontos de Espanha.

Caberá ao mesmo tribunal ouvir ainda Francisco Guijarro, fornecedor de selos na casa de quem a polícia encontrou 10 milhões de euros em dinheiro, em notas de 500 euros, no que constitui uma das maiores descobertas de sempre em operações policiais.

Paralelamente, na sala de Instrução número 5, o outro juiz responsável pelo caso, Fernando Grande-Marlaska, começou a ouvir os responsáveis do Fórum Filatélico detidos, nomeadamente o presidente Francisco Briones Nieto, e os conselheiros Miguel Angel Hijón Santos e Agustín Fernández Rodríguez.

As acusações que pendem sobre as duas empresas, praticamente idênticas, apontam para crimes de burla, branqueamento de capitais, insolvência punível e administração desleal e, no caso da Afinsa, de falsificação de selos.

A procuradoria anti-corrupção justifica as acusações explicando que as empresas conseguiram "importante investimentos da parte de pessoas a que entregavam lotes de selos claramente sobrevalorizados e posteriormente rendimentos de juros que não eram mais que parte do dinheiro recebido dos próprios clientes".

Estimativas das autoridades apontam para que mais de 350 mil pessoas venham a ser afectadas pela alegada fraude, envolvendo um valor estimado que pode ultrapassar os cinco mil milhões euros.

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