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Défice na balança comercial de bens culturais agravou-se em 2021

Apesar das exportações destes bens terem aumentado 18,2% face a 2020 para os 199,5 milhões de euros, as importações também avançaram.

15 de Dezembro de 2022 às 16:22
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O défice na balança comercial de bens culturais registou um agravamento em 2021, tendo passado de um saldo negativo de 183,4 milhões de euros em 2020 para -208,7 milhões de euros, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Apesar de as exportações destes bens terem aumentado 18,2% face a 2020, para 199,5 milhões de euros, as importações avançaram 15,9% para 408,1 milhões de euros, com os artigos de joalharia a representarem a maior fatia de bens importados. Já os bens de artesanato –  fabrico manual de produtos ornamentais - foram o bem cultural mais exportado. 

"A União Europeia manteve-se como o principal parceiro comercial: 83,3% das importações de bens culturais e 64,1% das exportações tiveram como origem e destino, respetivamente, países daquele espaço", detalha o instituto. 

Os dados divulgados dão ainda conta de que tanto o número de empresas do setor cultural e criativo como o volume de negócios cresceram em 2021: 6% e 14,1%, respetivamente. O total das empresas do setor ascendeu a 68.456, correspondendo a mais 3.897 do que em 2020. Já o volume de negócios das empresas do setor passou de 5,8 mil milhões de euros para 6,7 mil milhões.

"O Valor Acrescentado Bruto (VAB) do sector cultural e criativo atingiu 2,5 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 15,3% face a 2020", detalha o INE. 

No que diz respeito à remuneração brutal total mensal média, o valor situou-se nos 1.363 euros nas atividade do setor cultural e criativo, o que se traduz num aumento de 4,5% face ao ano da pandemia. 

A despesa das câmaras municipais em atividades culturais e criativas, por sua vez, atingiu os 491,4 milhões de euros, tendo aumentado 4,5% (mais 21,0 milhões de euros) em relação a 2020.

Número de espetáculos ao vivo superou um milhão

O número de sessões de espetáculos aos vivo aumentou 63,7% face a 2021, com mais um milhão de espetadores e mais três milhões de euros de receitas em venda de bilhetes.

Segundo o INE, os museus recuperaram 1,8 milhões de visitantes, enquanto o cinema contabilizou 5,5 milhões de espetadores. "Jornais, revistas e outras publicações periódicas reduziram a circulação total em 12,3% e o número de exemplares vendidos em 10,5%", acrescenta o instituto de estatística.

A participação cultural online diminuiu no ano passado, depois de em 2020 ter acelerado, tendo 81,3% dos utilizadores de internet indicado que leram as notícias em jornais, revistas online ou outros sites de informação. Isto traduz-se num decréscimo de 4,4 pontos percentuais comparativamente ao ano anterior.

"69% ouviram música através da internet (-1,1 p.p.) e 46,1% viram televisão online (+2.7 p.p). A proporção de pessoas que jogaram através da internet ou fizeram download de jogos (37,5%) é muito próxima da registada no ano anterior (37,6%)", refere.
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