A Lisgráfica aderiu, no final do ano passado, ao Processo Especial de Revitalização (PER), com o objectivo de tentar renegociar com os seus credores as dívidas que tinha e, desta forma, evitar a falência.

Em comunicado, a gráfica revela que “o plano de recuperação da Lisgráfica, apresentado pelo seu conselho de administração, foi aprovado pelos credores”, com “89,84% de votos.”

O comunicado adianta que “o plano aprovado foi enviado ao tribunal competente para homologação.” O plano prevê ainda o redimensionamento da empresa, ajustando-a à procura actual e reforçando, assim, a sua competitividade.

Muitas foram as empresas e entidades públicas que manifestaram o apoio à recuperação da empresa, como a segurança social, o Iapmei, o Banif e o Millennium, bem como fornecedores de matérias-primas e serviços.

A Lisgráfica terminou 2012 com um prejuízo de 6,9 milhões de euros, o que ainda assim corresponde a uma melhoria face ao ano anterior, altura em que os prejuízos superaram os 20 milhões de euros. Já os resultados correntes deterioraram-se passando de -1,77 milhões de euros, em 2011, para -4,46 milhões de euros, no ano passado, de acordo com a informação disponibilizada pela empresa.

A crise económica que abraça o país afectou duramente o sector dos media e da publicidade e, consequentemente, toda a indústria gráfica. Estima-se que a procura total em Portugal, neste sector, tenho caído 55% ao longo dos últimos quatro anos.