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Crédit Agricole é solvente seja qual for o cenário na Grécia

A possível saída da Grécia do euro e a presença em economias periféricas levantam dúvidas sobre o desempenho do banco francês, mas os representantes das unidades regionais do Crédit Agricole garantem a solvência do banco. Novo ministro da Agricultura francês também entrou em defesa do banco.

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O Crédit Agricole é um dos bancos mais expostos à Grécia. Um analista dizia, aquando da apresentação de resultados do primeiro trimestre, que o banco francês “continua a sofrer por causa da Grécia”. Hoje, os accionistas de referência entram em cena para garantir a solvência do banco. Aconteça o que acontecer na Grécia.

“Seja qual for o cenário da Grécia, a solvência do grupo Crédit Agricole não está ameaçada”, garantiu ao “Le Fígaro”, Dominique Lefebvre, o presidente da entidade que representa a sucursal do Crédit Agricole, a Federation Nationale du Crédit Agricole.

Numa altura em que se fala de uma possível saída da Grécia do euro, o “Le Fígaro” questionou Lefebvre se o país representa um perigo para o banco. “De todo”, respondeu.

O secretário-geral da mesma entidade de representação dos bancos regionais do Crédit Agricole, Philippe Brassac, disse ao mesmo jornal que os fundos próprios do grupo – que defende serem de 70 mil milhões de euros – permitem “absorver o choque”. A entrevista é publicada no dia em que os accionistas da instituição se vão encontrar em assembleia-geral, reunindo-se num “clima eléctrico”, como refere o "Le Fígaro".

Em bolsa, o banco está hoje a subir 1,75% para os 3,08 euros, depois de ter caído para um mínimo histórico na semana passada. A capitalização bolsista do banco é, agora, superior a 7 mil milhões de euros. O que compara com os 47 mil milhões de euros de valor de mercado no final de 2006, de acordo com as contas do "Le Fígaro.

Questionados os dois representantes se o banco gaulês poderá estar a pensar abandonar a sucursal grega, Brassac afirmou que o dever “é não fechar nenhuma hipótese a fim de preservar o nosso interesse”. Na sua opinião, todos os esforços do lado da gestão foram feitos. “O problema é a Grécia, não o Emporiki: dentro de outro contexto, este banco já não seria um problema”, assegurou.

Ministro da Agricultura continua “a contar com o Crédit Agricole”

Do Crédit Agricole, que em Portugal é accionista do BES e marca presença através da financeira Credibom, também falou o novo ministro da Agricultura francês. “Quero tranquilizar os agricultores”, explicou Stéphane Le Foll numa entrevista à rádio Europe1, já que o banco, de acordo com a rádio, totaliza 80% dos empréstimos aos agricultores.

Le Foll salientou que o banco fez investimentos que podem ser equacionados por não terem dado o retorno esperado. “Em todo o caso, sei que posso continuar a contar com o Crédit Agricole”.
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