Notícia
Consumidores de curtas durações vão pagar gás natural mais barato
As centrais térmicas e os consumidores de média pressão com consumos sazonais, como é o caso da indústria agro-alimentar, vão ter um novo sistema tarifário a partir de Julho. A ERSE decidiu aplicar reduções na tarifa de uso das redes na ordem dos 56% e na tarifa de venda a clientes finais de 14% aos consumidores de curtas durações (até três meses por ano), para tentar atrair mais clientes ao mercado do gás natural.
13 de Abril de 2009 às 16:12
As centrais térmicas e os consumidores de média pressão com consumos sazonais, como é o caso da indústria agro-alimentar, vão ter um novo sistema tarifário a partir de Julho. A ERSE decidiu aplicar reduções na tarifa de uso das redes na ordem dos 56% e na tarifa de venda a clientes finais de 14% aos consumidores de curtas durações (até três meses por ano), para tentar atrair mais clientes ao mercado do gás natural.
A ERSE estima poupanças na ordem dos 26% para os consumidores de curtas utilizações, no caso de fazerem contratos mensais em vez de anuais, com base nas tarifas em vigor até ao final de Junho. Nas opções a 45 e 60 dias as reduções calculadas pelo regulador são de 14% e 10%, respectivamente.
“Todos os consumidores vão beneficiar de uma redução dos custos unitários de rede, já que o aumento da procura vai contribuir para a diluição dos custos das redes pagos por todos os consumidores”, promete o presidente da ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
As tarifas para os consumidores normais (com consumos superiores a três meses) vão manter-se, sofrendo apenas as actualizações habituais (trimestrais, no caso dos consumidores industriais, e anuais para os domésticos).
“Esta é uma medida estruturante para o futuro no caso das centrais térmicas, porque vão ser sempre necessárias centrais de “back-up” ao sistema”, explicou Vítor Santos, hoje num encontro com jornalistas.
Hoje existe apenas uma única actual central térmica a fuel de Portugal, no Carregado, que vai deixar de funcionar no breve prazo, mas “depois haverá outras, seja a Turbogás (que será menos eficiente, por ordem de mérito, no sistema eléctrico nacional) ou outra central simples que venha a ser construída”, esclareceu o responsável.
As tarifas de uso das redes de gás natural têm uma estrutura de preços em função da capacidade utilizada, com características fixas, pouco relacionadas com o nível de consumo de energia.
“O custo unitário da utilização das redes para clientes de curtas utilizações, com consumos concentrados no tempo, assumem valores desmesuradamente elevados, tornando inviável o acesso deste tipo de consumidores ao gás natural, mais barato e eficiente que o fuel”, argumenta o regulador, salientando que “a flexibilidade tarifária tem como objectivo viabilizar o acesso destes clientes às redes de gás natural”.
A ERSE estima poupanças na ordem dos 26% para os consumidores de curtas utilizações, no caso de fazerem contratos mensais em vez de anuais, com base nas tarifas em vigor até ao final de Junho. Nas opções a 45 e 60 dias as reduções calculadas pelo regulador são de 14% e 10%, respectivamente.
As tarifas para os consumidores normais (com consumos superiores a três meses) vão manter-se, sofrendo apenas as actualizações habituais (trimestrais, no caso dos consumidores industriais, e anuais para os domésticos).
“Esta é uma medida estruturante para o futuro no caso das centrais térmicas, porque vão ser sempre necessárias centrais de “back-up” ao sistema”, explicou Vítor Santos, hoje num encontro com jornalistas.
Hoje existe apenas uma única actual central térmica a fuel de Portugal, no Carregado, que vai deixar de funcionar no breve prazo, mas “depois haverá outras, seja a Turbogás (que será menos eficiente, por ordem de mérito, no sistema eléctrico nacional) ou outra central simples que venha a ser construída”, esclareceu o responsável.
As tarifas de uso das redes de gás natural têm uma estrutura de preços em função da capacidade utilizada, com características fixas, pouco relacionadas com o nível de consumo de energia.
“O custo unitário da utilização das redes para clientes de curtas utilizações, com consumos concentrados no tempo, assumem valores desmesuradamente elevados, tornando inviável o acesso deste tipo de consumidores ao gás natural, mais barato e eficiente que o fuel”, argumenta o regulador, salientando que “a flexibilidade tarifária tem como objectivo viabilizar o acesso destes clientes às redes de gás natural”.