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Confederação dos Agricultores lamenta "guerrilhas político-partidárias" e pede estabilidade

A confederação referiu que o país precisa de estabilidade e confiança para que os empresários e, em particular os agricultores e produtores florestais, continuem a investir, crescer e modernizar-se.

Vítor Mota
07 de Março de 2025 às 10:42
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A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defendeu esta sexta-feira não ser admissível que as "guerrilhas político-partidárias" contribuam para atrasar uma visão estratégica para o setor e que as questões de foro jurídico devem ser tratadas em local próprio.

Os agricultores apelam ainda para que os partidos contribuam para uma rápida estabilização da situação política.

"Questões do foro jurídico devem ser apreciadas nos locais próprios. Não é admissível que guerrilhas político-partidárias repetidas contribuam para arrasar ainda mais ou mesmo impedir a aplicação na prática de uma visão estratégica para o setor", defendeu a CAP, em resposta à Lusa.

A confederação referiu que o país precisa de estabilidade e confiança para que os empresários e, em particular os agricultores e produtores florestais, continuem a investir, crescer e modernizar-se.

Por outro lado, sublinhou que o reconhecimento da agricultura e da floresta como um setor estratégico para o país foi uma "inflexão louvável do discurso político". Contudo, disse que os agricultores e produtores esperam ainda que estas palavras tenham tradução na realidade do terreno.

A CAP considerou que a modernização do setor e a revitalização do mundo rural, bem como o combate à desertificação e as infraestruturas para o armazenamento e distribuição de água, não devem estar reféns de "puras lógicas políticas".

Assim, a confederação liderada por Álvaro Mendonça e Moura pediu aos partidos políticos para que contribuam para "uma rápida clarificação e estabilização da situação política".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já admitiu a realização eleições antecipadas em maio, após o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter anunciado uma moção de confiança que tem chumbo prometido dos dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, e que deverá ditar a queda do Governo na próxima semana.

A moção de confiança foi aprovada, na quinta-feira, em Conselho de Ministros, e vai ser debatida e votada na próxima terça-feira.

O voto de confiança foi avançado por Luís Montenegro no arranque do debate da moção de censura do PCP, que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República, e em que voltou a garantir que "não foi avençado" nem violou dever de exclusividade com a empresa que tinha com a família, a Spinumviva.

Se a moção for rejeitada, Marcelo convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém "se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

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