Notícia
Concurso de biomassa recebeu 36 candidaturas para 15 centrais
O concurso lançado pelo Governo para a construção de 15 centrais termoeléctricas a biomassa florestal, num total de 100 megawatts (MW), recebeu 36 candidaturas, tendo o lote 12, na Sertã, sido o mais concorrido, com cinco candidaturas.
O concurso lançado pelo Governo para a construção de 15 centrais termoeléctricas a biomassa florestal, num total de 100 megawatts (MW), recebeu 36 candidaturas, tendo o lote 12, na Sertã, sido o mais concorrido, com cinco candidaturas.
Os lotes com maior potência - 10 e 11 MW - foram os que mais candidaturas receberam e dois dos três lotes de menor potência - 2 MW - não receberam qualquer proposta, referem os dados da Direcção-Geral de Energia disponibilizados após a abertura pública das propostas.
O lote 12, no concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, com uma potência de 10 MW, recebeu 5 propostas: EDP-Produção Bioeléctrica, Agrupamento Bioeléctricas Portuguesas, Biomassas da Sertã, Centro Bioenergia, e o consórcio formado pela Lena Ambiente, Eneólica, Lena, SGPS, Cavalum e Newcapital.
O lote 8, até 10 MW, nos distritos de Viseu e da Guarda, recebeu 4 propostas: Sonae Industria, Agrupamento Biotermoeléctricas Portuguesas, Biomassas de Gouveia e Miese (consórcio constituído pelo grupo Alberto Mesquita e Filhos, Isolux e EGF, Empresa Geral de Fomento).
O lote 14, até 6 MW, no distrito de Santarém, recebeu também 4 propostas: consórcio entre a Tecneira-Tecnologias Energéticas e a Forestech-Tecnologias Florestais, consórcio entre a Lena Ambiente, Eneólica, Lena-SGPS, Cavalum e Newcapital, Miese e EDP-Produção Bioeléctrica.
O lote 15, nos distritos de Faro e Beja, com uma potência até 3 MW, recebeu 4 candidaturas: consórcio entre a Tecneira e a Forestech, Arbor-Sociedade Transformadora de Madeiras, consórcio entre a Lena Ambiente, Eneólica, Lena, SGPS, Cavalum e Newcapital e Alvasado- Energias, Lda.
O lote 3, com uma potência até 10 MW, situado nos distritos de Viana do Castelo e de Braga, recebeu as candidaturas do Agrupamento Pabiomassa, do consórcio formado pela Lena Ambiente, Eneólica, Lena, SGPS, Cavalum e Newcapital, e da Miese.
O lote 9, no distrito de Viseu, com uma potência até 5 MW, recebeu também 3 propostas: Sonae Industria, Biomassas de Nelas e o consórcio formado pela Nutroton, JVC Holding, Tecneira, Normaio e Forestland.
O lote 11, com 10 MW, nos distritos de Castelo Branco e Covilhã, recebeu as candidaturas da Biomassas Covilhã, da Miese e do cinsórcio formado pela Lena Ambiente, Eneólica, Lena -SGPS, Cavalum e Newcapital.
O lote 1, até 11 MW, situado em Valpaços, Vila Real, recebeu duas candidaturas: Probiomass - Biomass Technologie e Miese.
O lote 5, em Alijó, distrito de Vila Real, com 11 MW, recebeu também duas propostas: Agrupamento Biotermoeléctricas Portuguesas e Miese.
O lote 10, até 3 MW, nos distritos de Castelo Branco e Coimbra, recebeu as propostas da Sonae Industria e da Palser-Paletes da Sertã.
O lote 13, até 10 MW, no distrito de Portalegre, recebeu as candidaturas da Biomassas de Portalegre e da EDP-Produção Bioeléctrica, SA.
Os lotes 4 e 6 receberam apenas uma proposta cada.
O lote 4, até 5 MW, situado nos distritos de Viana do Castelo e Braga, recebeu a proposta do consórcio formado pela Obrecol-Obras e Construções, Logística Florestal, Forestland e Hidroeléctrica -Sanmiguel.
Ao lote 6, até 2 MW, situado nos distritos de Castelo Branco e Guarda, candidatou-se a Tavenergia, ACE.
Os lotes 2 e 7, com uma potência até 2 MW, situados nos distritos de Vila Real e Bragança, ficaram sem qualquer candidatura.
O governo lançou em Fevereiro um concurso para 15 centrais de produção eléctrica a partir de biomassa florestal, que abrange 12 distritos do país.
Em causa está a atribuição total de 100 megawatts de potência, e um investimento da ordem dos 250 milhões de euros, que pode gerar cerca de 800 novos postos de trabalho.
As centrais de produção de energia eléctrica a biomassa florestal utilizam como combustível a matéria florestal proveniente da silvicultura e dos desperdícios da actividade florestal.
A valorização da biomassa florestal faz parte da estratégia nacional para a promoção e desenvolvimento das energias renováveis e de combate aos fogos florestais.
Permite ainda reduzir a importação de combustíveis fósseis, como o petróleo, e a emissão de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera.
Portugal tem como objectivo atingir em 2010 uma meta de 150 megawatts de energia eléctrica produzida através da biomassa.