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Companhias aéreas defendem que Portela tem de ser olhada como solução a prazo

O representante da associação das companhias aéreas em Portugal alerta que com o aeroporto de Lisboa está a rebentar pelas costuras e as empresas estão "a operar com a corda no pescoço". E acredita que há margem no contrato de concessão da ANA para as obras propostas pela Comissão Técnica Independente para aliviar o Humberto Delgado.

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As companhias aéreas aplaudem as propostas apresentadas na semana passada para aliviar a Portela pela Comissão Técnica Independente. Concordam, na sua larga maioria, com as conclusões do relatório mas alertam que há recomendações que carecem de análise mais profunda e outras não passam de "wishful thinking", revelou António Moura Portugal, diretor-executivo da associação das companhias aéreas em Portugal, ao Conversa Capital. 

No que toca à preferência das localizações em cima da mesa para o novo aeroporto, "as companhias aéreas têm um mantra que é não se imiscuírem em tudo o que sejam aspetos do campo decisório político ou da infraestrutura. Porque quem gere a infraestrutura é a concessionária. Portanto, as companhias aéreas não têm, nem querem ter, a validade de dizer onde é que as obras existem ou não", começou por explicar o advogado especialista em aviação.

No entanto, revelou que há um ponto que considera essencial: "Se um conjunto de técnicos apontam um conjunto de necessidades e de obras que poderiam e deveriam ser feitas, isto é um elemento que deve ser tido em conta. E creio que compete agora ao Estado português, enquanto contraparte da ANA no contrato de concessão, verificar em que medida é que o contrato dá ou não dá margem para exigir isso. Na nossa perspetiva deveria dar", apontou.

Apesar de preferirem não comentar nenhuma opção concreta que está a ser estuda pela Comissão Técnica Independente, António Moura Portugal revelou que a associação se revê nas declarações do CEO da TAP, Luís Rodrigues, sobre o facto de o aeroporto no centro de Lisboa, o Humberto Delgado, não fazer sentido numa economia sustentável. "Eu acho que em termos ambientais e de ruído não é desejável ter uma infraestrutura no centro da cidade. Nem as companhias gostam de estar a voar com esse crivo de insegurança, porque, no fundo, acaba por ser mais difícil fazê-lo a todos os níveis. Se a isso somarmos a localização, o facto de não haver capacidade de crescimento, com estes dois ingredientes, eu acho que temos que olhar para Humberto Delgado como uma solução a prazo", acrescentou.

O  atual congestionamento da Portela leva ainda a que as empresas não façam "negócio" e que estejam "a operar sempre com a corda no pescoço. Qualquer erro, qualquer deslize, qualquer nevoeiro, qualquer falha operacional leva quase que à necessidade de pensar no momento e de reafetar recursos para que tudo isto seja, ou possa ter, uma certa fluidez", explicou.
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