Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Combustíveis de marca branca já conquistaram 30% do mercado

A crise acelerou a corrida dos consumidores aos postos de abastecimento de combustíveis das grandes superfícies, que já representam quase um terço do mercado. Os descontos podem chegar a uma poupança de cinco euros por depósitos cheio.

21 de Abril de 2009 às 00:01
  • 5
  • ...
A crise acelerou a corrida dos consumidores aos postos de abastecimento de combustíveis das grandes superfícies, que já representam quase um terço do mercado. Os descontos podem chegar a uma poupança de cinco euros por depósitos cheio.

Mas as petrolíferas - objecto de um estudo da Autoridade de Concorrência que será divulgado hoje - argumentam que o combustível é de menor qualidade.


Baixo preço. Faz verso, sem rimar, com crise. E é música para os ouvidos dos consumidores portugueses quando chega a hora de abastecerem o depósito dos seus veículos.

Um desconto médio de 10 cêntimos por litro - que pode significar uma poupança na ordem dos cinco euros por depósito - tem servido de motivação a muita gente para deixar as tradicionais estações de serviço e preferir as bombas dos hipermercados. Nem as habituais longas filas para chegar ao posto de abastecimento os inibem, ajudando a engordar o filão das chamadas "marcas brancas": hoje com uma quota de mercado à volta dos 30%.

As grandes petrolíferas, visadas no estudo da Autoridade da Concorrência (AdC) que hoje é apresentado no Parlamento, reconhecem-nas já como concorrentes (ainda que com ressalvas de qualidade) e usam-nas até como álibi da liberalização do sector. São a prova de que o mercado funciona, dizem as principais companhias a operar no mercado nacional sobre as referidas "marcas brancas".

"São mais um concorrente com quem temos que lidar e o seu aparecimento demonstra bem como é competitivo e livre o nosso mercado, potenciando o aparecimento de operadores com estratégias e objectivos diferentes", afirmou ao Negócios fonte oficial da britânica BP, salientando que "só vem reforçar a importância que representa para o consumidor, a liberalização do mercado".

A Repsol também reconheceu as "marcas brancas e hipermercados" como concorrentes, mas "com modelos de negócio distintos, privilegiando os descontos para atrair mais clientes". A Cepsa, por sua vez, declarou que "não são vistas como uma ameaça" mas também como concorrentes.

Já a líder de mercado Galp Energia, admitindo que o surgimento dos hipers resultou num patamar mais elevado de concorrência, argumenta que as "marcas brancas" "diferenciam-se apenas pelo baixo preço" e que, por isso, têm conseguido ganhar quota de forma mais expressiva no actual contexto de crise. Ainda assim, acredita que "a qualidade vai voltar a ser o factor decisivo de escolha", passado este período.

logo_empresas
Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio