Notícia
Colheita de pera rocha deve subir para 115 mil toneladas em 2024
A estimativa para a colheita 2024 é de que "em relação a um ano normal continua a haver quebra, mas a campanha poderá resultar na apanha de "mais cerca de 15 toneladas do fruto" do que no ano passado.
24 de Junho de 2024 às 15:08
A colheita de pera rocha deverá ultrapassar este ano as 115 mil toneladas, registando um aumento em relação ao ano passado, mas ainda abaixo da produção normal para o país, estimou a Associação Nacional de Produtores.
Depois de "dois anos com quebras muito significativas de produção" de pera rocha a nível nacional, a estimativa para a colheita 2024 é de que "em relação a um ano normal continua a haver quebra, mas a campanha poderá resultar na apanha de "mais cerca de 15 toneladas do fruto", disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera (ANP), Filipe Ribeiro.
"Se tudo correr bem até à colheita" a campanha, que no ano passado rondou 100 mil toneladas de pera, poderá este ano chegar às 115 mil toneladas, estimou o responsável pela ANP, lembrando que "imponderáveis" como os registados nos últimos anos, entre os quais as doenças (sobretudo o fogo bacteriano) e um "escaldão solar", poderão gorar a expectativas dos produtores.
À semelhança dos dois últimos anos, em que, apesar da quebra de produção, em termos de vendas "se conseguiu evitar uma tragédia para os produtores", a ANP está convicta de que este ano se registará "um aumento das exportações" que têm gerado receitas anuais na ordem dos 85 milhões de euros, com a pera nacional a ser exportada para 20 países, com três destinos principais a ocuparem o pódio: Europa (50%), Marrocos (20%) e Brasil (20%).
Dados que a associação vai levar ao Interpera, o maior congresso internacional dedicado ao debate sobre a pera, agendado para os próximos dias 26 e 27 de junho, em Óbidos, no distrito de Leiria.
O encontro, que acontece pela segunda vez em Portugal, "realiza-se cerca de um mês a mês e meio antes da colheita e é o local onde produtores de vários país partilham as expectativas para a campanha desse ano", explicou Filipe Ribeiro, sublinhando a importância do fórum em que "se discutem os desafios e oportunidades na produção de pera com diferentes 'players' do setor a nível mundial".
Organizado pela Assembleia das Regiões Europeias Produtoras de Frutas, Legumes e Hortaliças (AREFLH) e pela ANP o evento, que se realiza desde 2008, será marcado por visitas técnicas a pomares, centrais de distribuição e centros de investigação da região Oeste e por debates e mesas redondas com especialistas nacionais e internacionais em agricultura.
Nesta edição estarão em foco temas como as tendências atuais sobre o consumo de peras, os desafios que o setor enfrenta face às alterações climáticas e os avanços na investigação para mitigar o fogo bacteriano.
Portugal destaca-se como um dos principais produtores de pera na Europa, já que, segundo o Recenseamento Agrícola do INE de 2019, possui 11.297 hectares dedicados ao cultivo de pereiras, dos quais 84% estão concentrados da região Oeste, abrangendo 2.158 explorações agrícolas.
Nos últimos 12 anos, a produção média foi de 174.286 toneladas anuais, das quais 60% são destinadas à exportação. O potencial produtivo ronda as 200.000 toneladas.
Criada em 1993, a ANP representa cerca de 90% dos produtores e da produção de Pera Rocha em Portugal.
Depois de "dois anos com quebras muito significativas de produção" de pera rocha a nível nacional, a estimativa para a colheita 2024 é de que "em relação a um ano normal continua a haver quebra, mas a campanha poderá resultar na apanha de "mais cerca de 15 toneladas do fruto", disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera (ANP), Filipe Ribeiro.
À semelhança dos dois últimos anos, em que, apesar da quebra de produção, em termos de vendas "se conseguiu evitar uma tragédia para os produtores", a ANP está convicta de que este ano se registará "um aumento das exportações" que têm gerado receitas anuais na ordem dos 85 milhões de euros, com a pera nacional a ser exportada para 20 países, com três destinos principais a ocuparem o pódio: Europa (50%), Marrocos (20%) e Brasil (20%).
Dados que a associação vai levar ao Interpera, o maior congresso internacional dedicado ao debate sobre a pera, agendado para os próximos dias 26 e 27 de junho, em Óbidos, no distrito de Leiria.
O encontro, que acontece pela segunda vez em Portugal, "realiza-se cerca de um mês a mês e meio antes da colheita e é o local onde produtores de vários país partilham as expectativas para a campanha desse ano", explicou Filipe Ribeiro, sublinhando a importância do fórum em que "se discutem os desafios e oportunidades na produção de pera com diferentes 'players' do setor a nível mundial".
Organizado pela Assembleia das Regiões Europeias Produtoras de Frutas, Legumes e Hortaliças (AREFLH) e pela ANP o evento, que se realiza desde 2008, será marcado por visitas técnicas a pomares, centrais de distribuição e centros de investigação da região Oeste e por debates e mesas redondas com especialistas nacionais e internacionais em agricultura.
Nesta edição estarão em foco temas como as tendências atuais sobre o consumo de peras, os desafios que o setor enfrenta face às alterações climáticas e os avanços na investigação para mitigar o fogo bacteriano.
Portugal destaca-se como um dos principais produtores de pera na Europa, já que, segundo o Recenseamento Agrícola do INE de 2019, possui 11.297 hectares dedicados ao cultivo de pereiras, dos quais 84% estão concentrados da região Oeste, abrangendo 2.158 explorações agrícolas.
Nos últimos 12 anos, a produção média foi de 174.286 toneladas anuais, das quais 60% são destinadas à exportação. O potencial produtivo ronda as 200.000 toneladas.
Criada em 1993, a ANP representa cerca de 90% dos produtores e da produção de Pera Rocha em Portugal.