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Cisco Portugal prevê facturar até 95 milhões este ano

A Cisco Portugal prevê atingir uma facturação entre os 89,79 milhões de euros e os 94,77 milhões de euros (19 milhões de contos) no corrente ano fiscal, que termina a 31 de Julho, revelou Pedro Queirós, director geral da empresa, ao Negocios.pt.

02 de Julho de 2001 às 16:05
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A Cisco Portugal prevê atingir uma facturação entre os 89,79 milhões de euros (18 milhões de contos) e os 94,77 milhões de euros (19 milhões de contos) no corrente ano fiscal, que termina a 31 de Julho, revelou Pedro Queirós (na foto), director geral da empresa, ao Negocios.pt.

«O ano passado facturámos 64,84 milhões de euros (13 milhões de contos) e este ano esperamos facturar aqui em Portugal entre os 89,79 e os 94,77 milhões de euros (18 e 19 milhões de contos), adiantou Pedro Queirós ao Negocios.pt, à margem do «Seminário AVVID», promovido pela Cisco Portugal.

Volume de negócios deve crescer 30% no próximo ano

No próximo ano fiscal, a Cisco Portugal pretende atingir um crescimento de 30% ao nível do volume de negócios, números que, caso se confirmem, irão elevar a facturação da empresa até aos 123,2 milhões de euros (24,7 milhões de contos).

Segundo adiantou Pedro Queirós, a empresa tem atingido ao longo dos últimos anos aumentos anuais na ordem dos 50% relativamente à facturação.

As expectativas relativamente a um menor crescimento no próximo ano estão relacionadas com o actual momento da economia, e com a própria instabilidade política, o que se reflecte nos investimentos efectuados pelas empresas, de acordo com a mesma fonte.

Neste momento, as empresas nacionais continuam a considerar o investimento em novas tecnologias como «uma das prioridades», mas têm preferido «aguardar mais algum tempo», à espera que se altere a situação económico, segundo o mesmo responsável.

«O mercado neste momento está em retracção, depois da euforia inicial» ao nível da Internet, pelo que embora não haja recusas em avançar para este mercado, tem «havido um adiamento das decisões», afirmou Pedro Queirós.

Despedimentos da Cisco não afectam Portugal

Os despedimentos ocorridos este ano na Cisco ainda não afectaram a operação da empresa em Portugal, um facto que, segundo Pedro Queirós, «esteve relacionado com o nosso bom desempenho».

A Cisco anunciou no passado mês de Março um plano que prevê o despedimento de dois mil empregados a nível mundial, o equivalente a 2% da sua força de trabalho, na tentativa de reduzir custos para enfrentar a diminuição de encomendas dos seus produtos.

Apesar desta situação não ter abrangido os 63 trabalhadores da Cisco Portugal, Pedro Queirós não afastou a possibilidade de serem tomadas medidas semelhantes no nosso país, caso tal se venha a revelar necessário.

Cisco Portugal quer crescer através de parcerias

A estratégia da Cisco em Portugal passa pelo estabelecimento de parcerias com empresas que desenvolvam produtos ou serviços que possam ser utilizados nas suas plataformas, com a aquisição de outras companhias a ser considerada pouco provável pelos seus responsáveis.

«Neste momento, para adquirir o que quer que seja, tem de ter um interesse estratégico importantíssimo», uma vez que de resto «isso não faria muito sentido numa altura em que o mercado está em significativo abrandamento», defendeu Pedro Queirós.

AVVID vai alavancar crescimento da Cisco Portugal

A AVVID, ou Arquitectura para Voz e Vídeo Integrada com Dados, consiste numa plataforma desenvolvida pela Cisco [CSCO], que permite às empresas efectuar uma convergência de redes de voz, vídeo e dados numa única infra-estrutura.

«Esta tecnologia vai ser alavancadora para a Cisco continuar a apresentar os resultados que tem vindo a obter», afirmou Pedro Queirós, manifestando-se seguro de que o AVVID vai funcionar como «um novo paradigma» tecnológico nos próximos tempos.

Segundo a empresa, esta plataforma, desenvolvida sobre Internet Protocol (IP), vai permitir reduzir os custos ao nível de telecomunicações, bem como estender a rede a «um elevado número de utilizadores» sem perda de qualidade nas telecomunicações.

Esta plataforma vai possibilitar ainda aumentar a mobilidade e a acessibilidade por parte dos utilizados, o que se deverá reflectir num «aumento da produtividade das empresas», referiu Pedro Queirós.

Neste momento, existem cerca de 10 empresas em Portugal a utilizar esta plataforma desenvolvida pela companhia norte-americana, entre clientes e «partners» da Cisco, ou seja, empresas que desenvolvem aplicações que possam ser utilizadas com os seus produtos.

«Se no próximo ano (…), em vez de termos aqui 10 empresas pudermos ter 200, então poderemos estar satisfeitos» com a adesão das companhias nacionais, considerou Pedro Queirós.

Às 15h55, a Cisco cotava nos 19,12 dólares (22,51 euros ou 4.513 escudos), registando uma valorização de 5,05%.

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