O Central Banco de Investimento (CBI) registou um prejuízo de 21,55 milhões de euros (4,32 milhões de contos) nos primeiros nove meses deste ano, contra lucros de 9,63 milhões de euros (1,93 milhões de contos) no período homólogo.

As comissões decresceram para os 6,16 milhões de euros (1,24 milhões de contos), menos 10,20% do que os 6,86 milhões de euros (1,38 milhões de contos) obtidos em 2000.

Segundo o comunicado do CBI [CNIN], «este resultado foi originado numa conjuntura fortemente depressiva dos mercados de capitais, com a generalidade dos principais índices bolsistas mundiais a registarem fortes desvalorizações».

As perdas em operações financeiras foram de 13,49 milhões de euros (2,71 milhões de contos), contra os lucros de 6,79 milhões de euros (1,36 milhões de contos) obtidos em igual período de 2000.

O produto bancário do CBI nos nove primeiros meses foi negativo em 8,62 milhões de euros (1,73 milhões de contos), enquanto em 2000 o produto bancário atingiu os 20,21 milhões de euros (4,05 milhões de contos).

Os custos de funcionamento, incluindo amortizações, aumentaram 61,7% para os 11,46 milhões de euros (2,30 milhões de contos), reflectindo «o aumento da estrutura de recursos humanos, consequência da aquisição da NCO Dealer e NCO, SGPS, aos investimentos realizados na modernização dos sistemas de suporte à actividade», de acordo com o mesmo comunicado.

As operações a prazo sobre taxas de juro e cotações diminuíram 49,9% nos nove primeiros meses do ano, em comparação com o período homólogo.

Os créditos sobre clientes decresceram 49,7% de 12,47 milhões de euros (2,5 milhões de contos) para os 2,50 milhões de euros (501 milhões de contos).

CBI adopta plano de reequilibro de exploração

O CBI, devido a evolução negativa, iniciou, durante o ano em curso, um plano de reequilibro da exploração, que visa «atingir, no final do primeiro trimestre de 2002, uma situação de equilíbrio da conta de exploração e um ?cash-flow? positivo», de acordo com o mesmo comunicado.

Segundo o comunicado, já foram «concretizadas algumas medidas, designadamente no tocante à redução dos custos de funcionamento e ao reajustamento do quadro de pessoal», pelo que a instituição estima «que no último trimestre do presente exercício, os prejuízos não excedam 5% do resultado acumulado no terceiro trimestre».

Os accionistas do banco vão votar hoje uma proposta de um aumento de capital de 7,5 milhões de euros (1,5 milhões de contos).

Às 15h36, as acções perdia 4,47% para os 5,34 euros (1.071 escudos).