Notícia
Câmara de Lisboa perspetiva novidades "ainda este ano" sobre projeto de metro ligeiro até Oeiras
O vice-presidente da Câmara de Lisboa disse que estão agendadas reuniões com o município de Oeiras.
21 de Novembro de 2024 às 19:52
O vice-presidente da Câmara de Lisboa assegurou esta quinta-feira que o município não desistiu do projeto LIOS - Linha Intermodal Sustentável na zona ocidental da cidade, que ligará Alcântara a Oeiras, perspetivando desenvolvimentos "ainda este ano".
"Não está de maneira nenhuma posto em causa [o projeto LIOS] e espero ainda este ano ter mais informação para dar", afirmou Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), em representação da liderança PSD/CDS-PP na Câmara de Lisboa.
O autarca falava no âmbito de uma audição na comissão de Finanças, Património, Recursos Humanos da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), em que apresentou aos deputados a proposta de orçamento da cidade para 2025, no valor de 1.359 milhões de euros.
Na reunião, o deputado municipal do PS Hugo Lobo disse que procurou exaustivamente no orçamento informação sobre o LIOS e não encontrou qualquer referência, questionando se a câmara "assume a desistência" do projeto, em que se prevê um metro ligeiro de superfície que interligará Alcântara (Lisboa) e Cruz Quebrada (Oeiras).
O vice-presidente da Câmara de Lisboa disse que estão agendadas reuniões com o município de Oeiras.
"Continuamos a trabalhar nesse assunto e espero que possamos ainda avançar este ano, e até ao final do mandato avançar mais, como era o nosso objetivo inicial e era, de resto, também o objetivo do executivo anterior [do PS]", afirmou Anacoreta Correia.
Também a deputada do Livre Patrícia Robalo questionou sobre o LIOS, referindo que o vice-presidente de câmara se comprometeu a apresentar a versão final do projeto até final do primeiro semestre deste ano, tendo Anacoreta Correia esclarecido que tinha de facto a expectativa de apresentar um plano nessa data.
"Agora, efetivamente, alguns dos instrumentos que eram necessários para reforçar a nossa decisão não foram no calendário que estava previsto. Por exemplo, o estudo de procura, que foi feito por uma empresa da área, teve mais dificuldade na obtenção de dados, nomeadamente os dados de operadores de transporte público na Área Metropolitana de Lisboa, e esses dados eram cruciais para a consistência técnica desse estudo e, portanto, tivemos de acomodar o nosso calendário a essas dificuldades", explicou o vice-presidente da câmara.
Neste momento, a Câmara de Lisboa já tem esses dados e está em condições de reunir com o município de Oeiras, tendo a expectativa de que possam existir novos desenvolvimento sobre o projeto LIOS "ainda este ano".
A este propósito, Anacoreta Correia salientou que o executivo quer aproveitar a mudança do Governo, do PS para a coligação PSD/CDS-PP/PPM, para levar para o domínio da discussão pública a possibilidade de uma extensão da Linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa até Algés.
O vice-presidente da câmara, que é também responsável pelo pelouro da Mobilidade, lembrou que a ideia "foi discutida durante muito tempo, mas no âmbito do executivo anterior foi tomada a decisão de retrair essa ambição e de estacionar o limite da expansão da Linha Vermelha até Alcântara".
"O LIOS estava adaptado a essa decisão, que era uma decisão de a Linha Vermelha ficar em Alcântara, e aquilo que desafiámos o Governo foi: ponderem, porque os municípios e as comunidades locais têm aspiração, têm a ambição, e gostariam muito de ver concretizada a expansão da Linha Vermelha até Algés", declarou o autarca do CDS-PP, ressalvando que essa ponderação não se faz de um dia para o outro.
Sublinhando que o LIOS "é um projeto complexo", Anacoreta Correia reforçou que o plano tem de ser "bem amadurecido", porque vai comprometer o futuro e é importante que sejam tomadas as melhores decisões possíveis para servir as populações.
Outro dos temas abordados foi o investimento na mobilidade suave, com o Chega a criticar a previsão de "um aumento muito significativo" em ciclovias por considerar que não exista essa necessidade por parte dos munícipes, enquanto o Livre defendeu que o orçamento para 2025 é insuficiente, referindo que "cerca de 30 mil pessoas" circulam diariamente nas ciclovias.
Este é o último orçamento municipal deste mandato (2021-2025), proposto pela gestão PSD/CDS-PP, sob presidência de Carlos Moedas (PSD), que governa Lisboa sem maioria absoluta. Se for aprovado, será executado em ano de eleições autárquicas.
Os primeiros três orçamentos da liderança PSD/CDS-PP foram aprovados graças à abstenção do PS, tendo a restante oposição - PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) - votado contra.
"Não está de maneira nenhuma posto em causa [o projeto LIOS] e espero ainda este ano ter mais informação para dar", afirmou Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), em representação da liderança PSD/CDS-PP na Câmara de Lisboa.
Na reunião, o deputado municipal do PS Hugo Lobo disse que procurou exaustivamente no orçamento informação sobre o LIOS e não encontrou qualquer referência, questionando se a câmara "assume a desistência" do projeto, em que se prevê um metro ligeiro de superfície que interligará Alcântara (Lisboa) e Cruz Quebrada (Oeiras).
O vice-presidente da Câmara de Lisboa disse que estão agendadas reuniões com o município de Oeiras.
"Continuamos a trabalhar nesse assunto e espero que possamos ainda avançar este ano, e até ao final do mandato avançar mais, como era o nosso objetivo inicial e era, de resto, também o objetivo do executivo anterior [do PS]", afirmou Anacoreta Correia.
Também a deputada do Livre Patrícia Robalo questionou sobre o LIOS, referindo que o vice-presidente de câmara se comprometeu a apresentar a versão final do projeto até final do primeiro semestre deste ano, tendo Anacoreta Correia esclarecido que tinha de facto a expectativa de apresentar um plano nessa data.
"Agora, efetivamente, alguns dos instrumentos que eram necessários para reforçar a nossa decisão não foram no calendário que estava previsto. Por exemplo, o estudo de procura, que foi feito por uma empresa da área, teve mais dificuldade na obtenção de dados, nomeadamente os dados de operadores de transporte público na Área Metropolitana de Lisboa, e esses dados eram cruciais para a consistência técnica desse estudo e, portanto, tivemos de acomodar o nosso calendário a essas dificuldades", explicou o vice-presidente da câmara.
Neste momento, a Câmara de Lisboa já tem esses dados e está em condições de reunir com o município de Oeiras, tendo a expectativa de que possam existir novos desenvolvimento sobre o projeto LIOS "ainda este ano".
A este propósito, Anacoreta Correia salientou que o executivo quer aproveitar a mudança do Governo, do PS para a coligação PSD/CDS-PP/PPM, para levar para o domínio da discussão pública a possibilidade de uma extensão da Linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa até Algés.
O vice-presidente da câmara, que é também responsável pelo pelouro da Mobilidade, lembrou que a ideia "foi discutida durante muito tempo, mas no âmbito do executivo anterior foi tomada a decisão de retrair essa ambição e de estacionar o limite da expansão da Linha Vermelha até Alcântara".
"O LIOS estava adaptado a essa decisão, que era uma decisão de a Linha Vermelha ficar em Alcântara, e aquilo que desafiámos o Governo foi: ponderem, porque os municípios e as comunidades locais têm aspiração, têm a ambição, e gostariam muito de ver concretizada a expansão da Linha Vermelha até Algés", declarou o autarca do CDS-PP, ressalvando que essa ponderação não se faz de um dia para o outro.
Sublinhando que o LIOS "é um projeto complexo", Anacoreta Correia reforçou que o plano tem de ser "bem amadurecido", porque vai comprometer o futuro e é importante que sejam tomadas as melhores decisões possíveis para servir as populações.
Outro dos temas abordados foi o investimento na mobilidade suave, com o Chega a criticar a previsão de "um aumento muito significativo" em ciclovias por considerar que não exista essa necessidade por parte dos munícipes, enquanto o Livre defendeu que o orçamento para 2025 é insuficiente, referindo que "cerca de 30 mil pessoas" circulam diariamente nas ciclovias.
Este é o último orçamento municipal deste mandato (2021-2025), proposto pela gestão PSD/CDS-PP, sob presidência de Carlos Moedas (PSD), que governa Lisboa sem maioria absoluta. Se for aprovado, será executado em ano de eleições autárquicas.
Os primeiros três orçamentos da liderança PSD/CDS-PP foram aprovados graças à abstenção do PS, tendo a restante oposição - PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) - votado contra.